NOBREGA DE SIQUEIRA
(1905-1986)
Samuel Nóbrega de Siqueira nasceu na cidade paulista de Jaú, em 09 de julho de 1905, e faleceu em Niterói, onde morou 51 dos seus 81 anos de vida, em 06 de julho de 1986. Bacharelou-se em jornalismo pela Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, em 1950. Como Técnico de Cooperativismo do Serviço de Economia Rural do Ministério da Agricultura, teve destaque na organização de cooperativas rurais em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Rio de Janeiro. Foi sócio-fundador e secretário da primeira Diretoria da Associação Brasileira de Críticos Teatrais.
Publicou Faz de Conta (poesia, 1933), Memórias do Almirante Jaceguay: o norte do país visto por um repórter paulista (prosa, 1934), Copacabana (poesia, 1935), Roteiro (poesia, 1939), Canto ao Brasil novo (poesia, 1939), Terra roxa (poesia, 1955, com quatro edições), Sanhaços (poesia, 1958), Poemas de amor (poesia, 1958) e Cantos da terra e do homem (poesia, 1960).
TEXTO EN ITALIANO
CANTIGA MEDIEVAL
“Meu Rei me pediu a espada, minha espada lhe ofertei,
Com lâmina de Toledo e copo de ouro de lei...
Meu Rei desejou meu elmo, escudo couraça...lhe dei.
Sempre os usei nas batalhas, lutando pelo meu Rei.
Meu rei me pediu bravura, nas guerras me desdobrei.
Lutei com ardor e raça pela glória do meu Rei.
Meu Rei desejou meu cavalo, que eu mesmo domei,
sem relutar fui Infante para atender ao meu Rei.
Meu Rei me pediu a honra da farda que sempre honrei,
de coração contristado, disse não ao meu Rei.
Dei-lhe a espada de Toledo com copo de ouro de lei.
Mas, honra é bem de família que dos ancestrais herdei.”
TEXTO EN ITALIANO
Extraído de
MIRAGLIA, Tolentino. Piccola Antologia poetica brasiliana. Versioni. São Paulo: Livraria Nobel, 1955. 164 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
DUALISMO
Ci son neiralma mia quelle torture
Delle generazioni prima nate.
Da loro ereditai tare e sventure,
Bensi tutte ('angustie accumulate.
Le passioni, da molto oltrepassate,
Nell’alme varie delle creature,
Si svegliano in me, ché sono innate,
Dall’ambizione altrui e tare oscure.
Erede eventual di re o di paria
Di razza estranea differente e varia
Casta, ravvicinate dal destino.
Son buono, per benefico atavismo;
Son cattivo, dovuto al fatalismo,
Perché, chi fece Abel fece Caino.
SILENZIO
I pesei che vivono nei fiumi,
e i pesei che vivono nei mari,
i passeri e gli uccelli,
che sono signori dell’aria,
L’acque e i venti,
tutti compresero il poeta,
compresero le parole del poeta.
Poi il poeta parlò agli uomini,
che per loro aveva scricto i auoi poemi,
ma gli uomini non compresero il linguaggio
del poeta.
Allora il poeta restò silenzioso
come una tomba;
Silenzioso come una palma,
che, eretta, vive sognando,
con i verdi capelli al vento.
Página publicada em janeiro de 2016
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