EUNICE BUENO DA SILVA
Eunice Bueno da Silva e Souza é natural de Assís, Estado de São Paulo, nasceu em 4 de junho de 1948.
Cursou o primário na cidade de Mandurí-SP; o ginasial em Sertanópolis no Paraná, no Ginásio Estadual Luiz Deliberador. O curso colegial em Bernardino de Campos-SP e Magistério na Escola Normal Santo Tomás de Aquino em Sertanópolis-PR.Cursou a Faculdade de Ciências e Letras de Cornélio Procópio – PR formando-se em Letras Franco-Portuguesa. Fez a aliança Francesa, lecionando a matéria na cidade de Bela Vista do Paraíso – PR por quatro anos.
Veio para Porto Velho em 1977, onde continuou exercendo o magistério nas escolas Colégio Dom Bosco e Escola Normal Carmela Dutra.
É membro fundadora da União Brasileira dos Escritores de Rondônia, onde foi Presidente por dois anos, e da Academia de Letras de Rondônia, onde foi Secretária Geral no biênio de 1988 a 1990.
Atualmente, é Diretora da Biblioteca e Edições da Academia de Letras, eleita nas eleições do dia 4 de janeiro de 2008, para o biênio 2008/2009.
Como funcionária Pública exerceu o cargo de redatora do Gabinete do Secretário de Estado da Educação por 4 anos. Hoje Eunice Bueno trabalha no projeto de pesquisa de Literatura Regional na Universidade Federal de Rondônia.
É autora das seguintes obras:
Garatuja – 1984; Clecs e Outras Inspirações, Sonhos, e Suspiros e Sinfonia ou Versejando Sonhos (1988); Arco-Iris – 1990; Visão Geral da Literatura de Rondônia (folder); Folhetos Poéticos (folder mensal) – 1988 – 1992; Quadrante, 1991; Poetas e Poemas (caderno alternativo anual);-Quando as Conchas se Abrem, o Poema me Chama, Poemando (independentes) Flauta Doce – 1993.
Biografia extraída de https://singrandohorizontes.blogspot.com/
Lua Nova
Lamina brilhando
f a t i a n d o
minha saudade
mil e uma vezes
mil e uma gotas
p i n g a n d o
dos meus olhos
lâmina suada
g o t e j a n d o
ao meus pés.
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Máscaras
Oito da manhã
mais um drink
o poema acabou.
há bebida no copo
marcas no corpo
dinheiro no soutien da moça
nada no bolso do homem
mais um gole só
e fica só de novo.
MENDES, Matias Alves; BUENO, Eunice. Síntese da Literatura de Rondônia. Capa: João Orlando Zo1ghbi. Porto Velho: Genese-Top, 1984. 126 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
MARCAS
Marcas / Caídas / Sentidas
As Marcas / Tão lindas
Pregadas / No corpo
Do beijo / Do abraço.
São Marcas / Amadas,
Jamais esquecidas.
ÁGUA
A água que rola
Que lava
Alivia
As dores que invadem
Que ardem
Que gritam,
São águas distantes
Adiante
Que um dia,
Ficou como a infância
Só na fantasia
Calcada
Calada
Sem noite
Sem dia
SAUDADE
Saudade sem modo
Sedenta
Traquina
Saudade teimosa
Que é prosa
Travessa
Saudade me deixa
Me solte
Me esqueça
Vá embora saudade
Esvazie
Meu leito.
CARÊNCIA
Na falta de tudo
De cama
De beijo
De luta.
Há falta de abraço
De afeto
Fadiga
Repouso.
Há falta de cama
Do abraço
Do afeto do mundo
TIMBRE
Quem passa pela vida
Leva o timbre
Do Presente
Da Promessa
Da Presença
Presidiada.
Quem só passa pela Vida
Leva o Nada
A Penumbra
A Penúria
Como peregrino
Sem Perceber Nada
Quem passar por esta vida
Leva o Timbre
Periódico
Perfulgente
Profundo
Profundo n´alma
Se por ela souber passar
SOMBRA SUTIL
Suave como a brisa
Cheia de mãos a acariciar
Meu rosto
Rente à boca
O olho
A nuca.
Suave como a brisa
Brincalhona, que roça
Coça
O cabelo
A face
A brincar
A brindar
Como em festa, em brilho
Suave como a brisa Brejeira
Que de repente
Surge da escuridão
Bruxedo
Britando as pedras
Da estrada da vida.
Página publicada em junho de 2020
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