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DÉBORA GARCIA

 

ANTOLOGIA MARGINAL  BASEADO DE PONTA.   São Paulo: Maxprint, 2011.    135 p.   14x21 cm.   Capa: Maggo Ilegal.  ISBN  978-85-61788-08-7   Patrocínio da Prefeitura de São Paulo, Secretaria de Cultura, Valorização de Iniciativas Culturais – VAI  Poesia marginal. Autores: Amauri Alves, Andrio Candido, Débora Garcia, Eliezer, Henrique da Costa, Janaina Santana, Jesu Severo e Leandro D.S. Barboza “erro rasta”.  Col. A.M. 

 

cativo 

 

O amor me marcou a ferro e brasa

Para que todos saibam que sou cativo.

 

Aonde quer que eu vá

E com quem estiver

Trago em minha pele

Em meu sorriso,

Em meu olhar,

Em minhas lágrimas e palavras,

Em meu sexo,

A sua marca.

 

Senhor cruel e impiedoso

Me perseguiu em seu cavalo alado

Me encurralou

Me imobilizou

E me marcou a ferro e brasa

Para que todos saibam

Que sou cativo.

 

 

gauches*

 

Quem são eles?
O que pensam?
Por que agem assim?
O que fazer?

 

De quem é a culpa afinal?

Deles?

Da família?

Do Estado?

Da sociedade?

De Deus?

Ou, do Diabo?

 

A problemática cresce

E a pergunta permanece.

Quem são eles?

 

Pervertidos.

Transviados.

Rebeldes sem causa.

 

Sem causa?

 

Mal intencionados diante da

proteção do Estado.

 

Proteção?

 

Vadios.

 

Pivetes.

Trombadinhas.

Pixotes.

Querôs.

Falcões.

Laranjas.

Marginais.

Menores.

Menores infratores.

Adolescentes em conflito

com a lei.

 

Quem são eles?

 

Terminologias,   ideologias,

histórias.

Pessoas, vidas, Seres Hu-

manos,

Algozes.

Vítimas.

Reflexos.

 

Quem são eles?

 

Não os conhecemos.

Não os vemos.

Mas... Nos incomodam.   ,

Por isso os combatemos.

 

*Palavra de origem francesa que significa esquerdo. Foi uti-

lizada por Carlos Drummond de Andrade no Poema das Sete

Faces para expressar seu sentimento de despertencimento no

mundo. Por isso é utilizada atualmente na literatura para des-

ignar aquele que é desajustado, estranho, perdido, deslocado.

 

 

Noêmia

 

Partiu meu rosto
Meu coração
Com essa violência

Eu não te quero mais não.

 

Acreditei sim

No seu valor

E em suas histórias, lindas juras de amor.

 

Mas o que foi que aconteceu?

Eu já não te reconheço mais!

Me proíbe, me sufoca, me tortura!

Diz que eu só poderei ser sua! Sua!

 

Me prenda e me perderá!

Me sufoque, que mais quero me libertar!

Me censure, que mais quero ser mulher!

Pronta pra enfrentar o que vier!

 

Pare! Vou viver minha vida!

Chega! Vê se segue a sua!

Basta! Dessa tirania.

Sou guerreira, sou mulher e sou minha!

 

Meu corpo é meu território

Meu sexo, pra quem eu quiser

Meu desejo, pra quem for melhor

Meu amor, pra que livre é.

 

 

 

Página publicada em março de 2013

 

 


 

 

 
 
 
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