Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VANIA AZAMOR

 

Vania Cristina Azamor Pinto nasceu no Rio, vive em Teresópolis desde 2009, e é economista do Governo do Estado do Rio de Janeiro. É autora dos livros de poesia Olhar mineral (2003) e Facas da manhã (1997) e Cristal rutilado (2011), e participou na coletânea Caixa de prismas (1992). Teve poemas publicados na revista Poesia Sempre da Biblioteca Nacional, nos jornais Poesia Viva, Panorama da Palavra, e Rio Letras.

 

Extraído de 

POESIA SEMPRE. ANO 8 . NÚMERO 13 – DEZEMBRO 2000.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura, Departamento Nacional do Livro, 2000. ISBN85-901646-1-6  Editor Executivo Ivan Junqueira. Ex. bib. Antonio Miranda.

 

         Paixão

        Seria amizade
                               não fosse desejo
         Seria agonia
                               não fosse coragem
         Seria ruído
                               não fosse essa música
         Seria blasfêmia
                               não fosse sagrado
         Seria cimento
                               não fosse esse verde

         Se assim não fosse
         Te chamaria cal
                            aço
                                     metal
         e a mim chamariam nada.

 

         Filhos do paraíso

         Quando toda ambição é um para de sapatos
         bolhas nos pés não impedem bolas de sabão
         A divisão de segredos, sapatos e afeto
         faz vencer maratonas onde o prêmio é amor
         Pequenos pés trazem o mundo às mãos
                   (num útero já habita um ser
                   num verso já existe o poema)

         Para a sopa rala um calor
         para o silêncio a comunhão
         na esperança um jardim.
         A irmandade descalça remete ao paraíso.

 

         Uma eternidade e um dia

         Saio do cinema com medo da loucura
         Se vencer esta noite, chegarei à velhice?
         Me equilibro numa lâmina afiada
         sem ao menos saber quanto dura o amanhã.

         Nem um poema inacabado
         nem essa réstia de luz
         me devolvem um dia de verão.

         A solidão habita em quem não foi perdoado.

 

 

Página publicada em maio de 2018

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar