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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RAUL DE LEONI

RAUL DE LEONI


Raul de Leoni nasceu no Rio de Janeiro no ano de 1895. Faleceu no ano de 1926 no Rio de Janeiro no bairro Itaipava com 31 anos de idade. formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Livre de Direito. Terminou o curso em 1916, mas desde 1914 já atuava na profissão. Já no ano de 1914 colaborava com a revista Fon-Fon, Para Todos, Jornal do Brasil, Jornal do Comércio, O Jornal, e O Dia.

Era admirador de esportes e participou de prova de natação e remo vencendo, pelo Clube Itaraí. Foi membro do corpo diplomático brasileiro no Uruguai, na cidade de MontEvidéu em 1918. Publicou seu primeiro livros em 1919 e em 1922 lançou o livro Luz Mediterrânea, que teve sua edição segunda edição em 1928.

Trechos Escolhidos foi uma antologia de poemas seus, publicada em 1961.

É considerado um poeta neoparnasiano por uns e, simbolista por outros. Seus últimos poemas se destacam pelas abstrações filosóficas apresentando modulações simbólicas.  Fonte da biografia: http://recantodasletras.uol.com.br

 

TEXTOS EM ITALIANO 

PORTUGUÊS   -   FRANÇAIS

TEXTOS EN ESPAÑOL

 

 

Crepuscular

Poente no meu jardim... O olhar profundo
Alongo sobre as árvores vazias,
 
Essas em cujo espírito infecundo
Soluçam silenciosas agonias.

Assim estéreis, mansas e sombrias,
 
Sugerem à emoção em que as circundo
Todas as dolorosas utopias
De todos os filósofos do mundo.

Sugerem... Seus destinos são vizinhos:
Ambas, não dando frutos, abrem ninhos
Ao viandante exânime que as olhe.

Ninhos, onde vencida de fadiga,
 
A alma ingênua dos pássaros se abriga
E a tristeza dos homens se recolhe...

 

 

Legenda dos dias

O Homem desperta e sai cada alvorada
Para o acaso das cousas... e, à saída, 
Leva uma crença vaga, indefinida, 
De achar o Ideal nalguma encruzilhada...

As horas morrem sobre as horas... Nada!
E ao poente, o Homem, com a sombra recolhida
Volta, pensando: "Se o Ideal da Vida
Não vejo hoje, virá na outra jornada...

Ontem, hoje, amanhã, depois, e, assim, 
Mais ele avança, mais distante é o fim, 
Mais se afasta o horizonte pela esfera;

E a Vida passa... efêmera e vazia:
Um adiantamento eterno que se espera, 
Numa eterna esperança que se adia...

 

 

Argila

Nascemos um para o outro, dessa argila
De que são feitas as criaturas raras;
Tens legendas pagãs nas carnes claras
E eu tenho a alma dos faunos na pupila...

Às belezas heróicas te comparas
E em mim a luz olímpica cintila, 
Gritam em nós todas as nobres taras
Daquela Grécia esplêndida e tranquila...

É tanta a glória que nos encaminha
Em nosso amor de seleção, profundo,
Que (ouço ao longe o oráculo de Elêusis)

Se um dia eu fosse teu e fosses minha, 
O nosso amor conceberia um mundo
E do teu ventre nasceriam deuses...

 

 

Ingratidão

Nunca mais me esqueci! ... Eu era criança
E em meu velho quintal, ao sol-nascente,
Plantei, com a minha mão ingênua e mansa,
Uma linda amendoeira adolescente.

Era a mais rútila e íntima esperança...
Cresceu... cresceu... e aos poucos, suavemente,
Pendeu os ramos sobre um muro em frente
E foi frutificar na vizinhança...

Daí por diante, pela vida inteira,
Todas as grandes árvores que em minhas
Terras, num sonho esplêndido semeio,

Como aquela magnífica amendoeira,
E florescem nas chácaras vizinhas
E vão dar frutos no pomar alheio...
 

 

Decadência 

Afinal, é o costume de viver
Que nos faz ir vivendo para a frente.
Nenhuma outra intenção, mas, simplesmente
O hábito melancólico de ser...
 

Vai-se vivendo... é o vício de viver...
E se esse vício dá qualquer prazer à gente,
Como todo prazer vicioso é triste e doente,
Porque o Vício é a doença do Prazer...
 

Vai-se vivendo... vive-se demais,
E um dia chega em que tudo que somos
É apenas a saudade do que fomos...
 

Vai-se vivendo... e muitas vezes nem sentimos
Que somos sombras, que já não somos mais nada
Do que os sobreviventes de nós mesmos!...

 

 

Para a vertigem!

 

Alma em teu delirante desalinho,

Crês que te moves espontaneamente,

Quando és na Vida um simples rodamoinho,

Formado dos encontros da torrente!
 

Moves-te porque ficas no caminho

Por onde as cousas passam, diariamente:

Não é o Moinho que anda, é a água corrente

Que faz, passando, circular o Moinho...

 

Por isso, deves sempre conservar-te

Nas confluências do Mundo errante e vário.

Entre forças que vem de toda parte.

 

Do contrário, serás, no isolamento,

A espiral, cujo giro imaginário

É apenas a Ilusão do Movimento!...

 

 

Pudor

 

Quando fores sentindo que o fulgor

Do teu Ser se corrompe e a adolescência

Do teu gênio desmaia e perde a cor,

Entre penumbras e deliquescência,

 

Faze a tua sagrada penitência,

Fecha-te num silêncio superior,

Mas não mostres a tua decadência

Ao mundo que assistiu teu esplendor!

 

Foge de tudo para o teu nadir!

Poupa ao prazer dos homens o teu drama!

Que é mesmo triste para os olhos ver

 

E assistir, sobre o mesmo panorama,

A alegoria matinal subir

E a ronda dos crepúsculos descer...

De
Raul de Leoni
Ode a um poeta morto
apresentação de José Mindlin – ilustração João Luiz Roth
Florianópolis: EDUSC, 2002.  42 p. 15 cm.  (Col. Clássicos)


Edição de 30 mil exs. para distribuição durante a Bienal do Livro, este folheto reproduz um longo poema de Raul de Leoni em homenagem a Olavo Bilac escrito em 1919. A edição original foi reduzidíssima e um exemplar faz parte da imensa coleção de raridades da biblioteca do Mindlin, que autorizou a reedição e fez a sua apresentação. A seguir os versos finais da “Ode”:  (conservando a ortografia da época)

Na amplitude geral de teu abraço:
— Fóra do Tempo e do Espaço,
Na Humanidade e no Mundo —
Vejo-te sempre presente
Onde há um homem que sente
Que a vida é um sentimento esplendido e profundo!

As almas como a tua a que n´as fite
Transmittem a emoção da vida soberana
Seja onde for se pode comprehendel-as,
Porque, sem fim, sem pátria e sem limite,
Têm no conceito eterno da alma humana
A universalidade das estrellas.
Si a Humanidade fosse feita dellas,
Na dúvida em que não cabe
E em que se estreita,
Talvez não fosse mais feliz, quem sabe?
— Mas seria mais bella e mais perfeita...

Dignificaste a Especie, na nobrêsa
Das grandes sensações de Harmonia e Belleza;
Disseste a Gloria de vier, e, agora,
O teu echo a cantar pelos tempos em fora,
Dirá aos homens que o melhor destino,
Que o sentido da Vida e os e arcano,
E´ a inmensa aspiração de ser divino,
No supremo prazer de ser humano!

 

 

Imagem extraída  de

DIAS-PINO, Wlademir.  A lisa escolha do carinho (Rio de Janeiro: Edição Europa, s.d.  
20,5x20,5 cm.  33 f. ilustradas  (Coleção Enciclopédia Visual).   Inclui versos de 
poetas brasileiros

HADAD, Jamil Almansur, org.   História poética do Brasil. Seleção e introdução de  Jamil Almansur Hadad.  Linóleos de Livrio Abramo, Manuel Martins e Claudio         Abramo.  São Paulo: Editorial Letras Brasileiras Ltda, 1943.  443 p. ilus. p&b  “História do Brasil narrada pelos poetas. 

HISTORIA DO BRASIL – POEMAS

PARNASIANISMO

 

Imagem de Olavo Bilac:
https://www.migalhas.com.br/

 

ODE A UM POETA MORTO

(À memória de Olavo Bilac )

Semeador de harmonia e de beleza
Que n´um glorioso túmulo repousas,
Tua alma foi um cântico diverso,
Cheia de eterna música das cousas;
Uma voz superior da Natureza
É uma ideia sonora do Universo!

Onde passaste, ao longo das estradas,
Linhas de imagens rútilas e vivas,
Em filigrana,
Foram tecendo, como o olhar das fadas,
Nas mais nobres e belas perspectivas,
O panorama dos ideais da Terra
E a ondulante paisagem da alma humana.

Toda a emoção, que anda nas cousas, fala,
Nos seus diversos tons e reflexos e cores.
Pela tua palavra irisada de opala,
Feita de radiações e finas tessituras:
Desde a vida sutil da borboleta
À alma leve das águas e das flores
A exaltação do Sol e ao sonho das criaturas;
Toda a sensualidade esparsa do Planeta.

Freme em tua arte o sangue de Dionisos,
Diluindo nas virtudes apolíneas;
E do seu seio volutuoso chovem
Alvas formas pagãs, ardentes frisos,,
Baixos relevos, camafeus, sanguíneas,
Numa palpitação de carne jovem.

Desfolhando um esplêndido destino,
A tua mão teve, por sentimento,
A sutileza platônica e a doçura
De um florentino do Renascimento,
Que, atormentado de ímpetos românticos,
Trabalhasse em esmalte de Piemonte,
Contendo no cinzel lascivo e fino
O sonho capitoso de Anacreonte
E o lirismo sensual do Cântico dos Cânticos.

Vieste de longe para longe. A tua
Alma encarnou-se em outras entidades,
Em outros povos, tempos e países,
E, deslumbrante, continua,
Plástica, móvel, irisadas e nua,
A longa emigração pelas idades,
Deixando atrás de seus frutos e raízes.

Foste o Homem de sempre, no prestígio
De poeta surrealista, atravessando eras.
Por toda parte encontro o teu vestígio:
Um dia, na Índia védica, sonhando
No limiar das eternas primaveras,
— As mãos cheias de rosas e ametistas —
Fazes oblatas líricas e votos
Aos poderosos gênios avatares
E escreves os teus poemas animistas
Na folha dos nelumbos e dos lótus,
Na flor sonâmbula dos nenúfares...
E os teus versos, nos quais um grande
sonho abranges.
Vão descendo a cantar na corrente do Ganges.

.................................................................

                          ***

Na amplitude geral do teu abraço:
— Fora do Tempo e do Espaço,
Na Humanidade e no Mundo —
Vejo-te sempre presente
Onde há um homem que sente
Que a vida é um sentimento esplêndido
e profundo!
As almas como a tua a quem n´as fite
Transmitem a emoção da vida soberana.
Seja onde for se pode compreendê-las,
Porque, sem fim, sem pátria e sem limite,
Têm no conceito eterno da alma humana
A universalidade das estrelas,
Se a Humanidade fosse feita delas,
Na dúvida em que não cabe
E em que se estreita,
Talvez não fosse mais feliz, quem sabe?
— Mas seria mais bela e mais perfeita...

Dignificaste a Espécie, na nobreza
Das grandes sensações de Harmonia e Beleza;
Disseste a glória de viver, e agora,
O teu eco a cantar pelos tempos em fora,
Dirá aos homens que o melhor destino,
Que o sentido da vida e o seu arcano,
É a imensa aspiração de ser divino
No supremo prazer de ser humano!

            (LUZ MEDITERRÂNEA – 3ª ed.
Civilização Brasileira – Rio)

*

VEJA e LEIA outros poetas do RIO DE JANEIRO em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_de_janeiro/rio_de_janeiro.html

 

Página ampliada em outubro de 2021


 

 

TEXTOS EM ITALIANO

 

Extraído de

MIRAGLIA, TolentinoPiccola Antologia poetica brasiliana.  Versioni.  São Paulo: Livraria Nobel, 1955.  164 p.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

INGRATITUDINE

Non me lo scorderò ! Quando bambino,
Nell'orto mio un mandorlo piantai.
 Era si delicato e piccolino,
Ma con pazienza e amor lo coltivai.

E fu la mia speranza. Lo lasciai
Che crescesse seguendo il suo destino.
Crebbe, ma un giorno in fiore lo trovai
Con i rami ne
lPorto dei vicino !

D'allora in poi, ogni qualvolta pianto
Nelle mie terre un albero e nel cuore
Mi nasce un sogno splendido, dorato;

Fa come fece il mandorlo : Pincanto
Della visione resta, ma il suo fiore
E il frutto suo agli altri dona, ingrato !

 

LEGGENDA DEI GIORNI

L'uomo si sveglia ed esce, ogni mattino,
Verso il fatto dei giorno, ed all'uscita
Porta una fede, vaga, indefinita,
Di trovar l'ideal nel suo cammino.

Le ore passano sulle ore. Nulla, sino
All’occaso. E, con Tanima sfinita.
Torna e pensa : — Se l'ldeai di vita
Non c'era oggi, verrà l'altro mattino.

leri, oggi, domani, dopo e, alfine,
Piu s'avanza e piu lontano è il fine;
Piu l'orizzonte sfugge alia giornata.

Passa ia vita . . . effimera burietta :
— Il rimandare eterno, che si aspetta
Nell’eterna speranza rimandata.

 

F I R E N Z E

Mattina d’Autunno.
Traverso il velo fluido delia nebbia,
Il panorama, tremulo, esitante,
Si va furtivamente disegnando,
Nella dolcezza bianca di una trina.
Dal fiorito terrazzo, in San Miniato,
Come in un cosmorama immaginario,
A poco a poco, sveli il tuo scenario,
Dentro d'un sereníssimo apparato . . .
Nei toni di madrepora cangianti,
Al riflesso di un' iride fugace,
Al’aria trasparente e al cielo terso,
S'apre in luce, conchiglia naccherata,
Dell’Arno, la vallata . . .
Lungi, la nebbia azzurra si diluisce
Sui contorni d'amabili colline,
In capricciose curve serpentina,
Di oliveti, degli olmi e dei vigneti,
Di mandorli, e pinete
Tranquille.
Fiesole, bucólica e galante,
Mostra nella gaiezza del colore
Lo smalto signorile delle ville,
Qual sogno pastorale di un pittore,
Nei boschi ameni del Decamerone
Sorgono le cupole in mosaico
E arroganti palazzi ghibellini;
Contorni di basiliche votive;
Torri morte e soave prospettive
E la sinuosa cinta delle mura,
Frastagliando la cornice azzurra
Dei prossimi Appennini.
Le campane, in un preludio lento,
Cantano in coro le passate glorie
Delle ore immortali.
È la canzone del tuo sentimento
Che si sprigiona dalle cattedrali.

Ed allora traspongo le tue porte
E, udendo le rovine pensierose,
Mi sento in corpo e spirito in Firenze;
La più umana delle città vive,
La più divina delle città morte !
Firenze, mio refugio spirituale,
Grata vignetta del pensiero mio,
T'ho amato sempre con affetto umano,
Da quando fosti la città del Guelfi,
Idealista, ribelle, sanguinaria,
Sino al giorno
Che, liturgico fiore conturbato
Dal Cristiano spirito,
La tua anima,
Fuggendo dal "Giardin delle Scritture"
Volle aspirare ad altre aure pure,
Sedendosi al "Banchetto di Platono".
Mia nobile ed amabile Firenze !
Dolce figlia di Cristo e di Epicuro.

Fiore di Voluttà e di Sapienza,
Nell’alma tua di Venere e Maria

C'è una strana ed ambígua armonia,

La castità dei gigli melanconici,

La grazia afrodisíaca delle rose;

L'ingenua mitezza di Frá Angélico

E l’allegria piccante di Boccaccio !

T'amo cosi indefinita e varia :

Casta, viziata, gótica e pagana,

Armonizzi l’Acropoli e il Carvario.

O Patria sereníssima,

Della chiarezza e delle forme pure;

Delle chiese, fontane e dei giardini;

Dei mosaici, dei pizzi e dei broccati;

Dei coloristi limpidi e gentili;

Delle alme dubbie e la mordace grazia;

Del discreto estetismo raffinato;

Dei vizi rari e delia perversione

Elegante;

Del sottile veleno e del pugnale,

Deliziosa. nel crimine e nel bene.

In te la vita fu l’attegiamento

Di sensibilità e di buon gusto,

Che passò nella Storia ronda viva,

Meditativa e brillante

Di una "Fête galante" !

A te porto

La mia gratitudine latina,
Perché fu nel tuo seno che si fece
Della vita.

Tutta la rinascenza luminosa.
O Firenze ! Firenze ! La più umana delle città vive,
La piú divina.
delle città morte !

 

 

PORTUGUÊS   -   FRANÇAIS

Extraído de

 

FRÓES, Heitor FMeus poemas dos Outros. Traduções e versões.  Bahia, 1952.  312 p.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

HISTORIA ANTIGA

No meu grande optimismo de inocente
Eu nunca soube   porque foi... um dia,
Ela me olhou indiferentemente,
Perguntei-lhe porque era... Não sabia...

Desde então, transformou-se, de repente,
A nossa intimidade correntia
Em saudações de simples cortesia
E a vida foi andando para a frente...

Nunca mais nos falamos... vai distante...
Mas, quando a vejo, há sempre um vago instante,
Em que seu mudo olhar no meu repousa,

E eu sinto, sem o entanto compreendê-la,
Que ela tenta dizer-me qualquer cousa,
Mas que é tarde demais para dizê-la...

 

        VIELLE HISTOIRE

                Trad. Heitor P. Fróes

 

        Un jour — dans ma candide insouciance
        Je ne l´aurais jamais imaginé —
        Me fixant d´un regard d´indifférence
        Elle eut um geste vague, inexpliqué...

        Mais, a mesure que le temps avance,
        Voilà que désormais tour est changé,
        Un simple compliment de circonstance,
        Au lieu de notre vieille intimité!

        On ne s´est parle, mais quelquefois
        Don doux regard sur mon regard se pose
        Pour un instant, lorsque je l´aperçois...

        Je me reds compte, alors, sans la comprendre,
        Qu´elle voudrait me dire quelque chose,
        Mais il est tar pour me la faire entendre!
       

TEXTOS EN ESPAÑOL

Tradução de Ángel Crespo

 

               La hora cenicienta

         Cae un largo poniente de elegia
         Sobre mansas campinas resignadas;
         Una humaníssima melancolia
         Embalsa distansias desoladas...

         De una campana va el Avemaría
         Ungiendo el alma fiel de las estradas;
         Se oyen sordinas de ángeles y de hadas
         Por la triste penumbra en agonia...

         Espiritualidades ascendentes
         La triste tierra exhala em reticencia
         Por la tarde sonámbula imprecisa..

         Ya no hay sentidos, y es el alma esencia,
         Y entre fugas de sombras transcendentes,
         El Pensamiento se volatiza...

 

         Unidad

         Contemplando la vasta perspectiva
         De las cosas, sorprendo en cada cual
         Una simple figura fugitiva
         Del infinito canto universal.

         Una revelación vaga y parcial
         De todo existe en cada cosa viva:
         En el cauce del Bien y em el del Mal
         Todo tiene una vida evocativa.

         Nada es inútil, todos los aspectos
         Se extienden, desde el hombre a los insectos,
         Que la idea de ser puede tener;

         Y lo que más deslumbra la mirada
         Es ver en sus fragmentos reflejada
         La completa noción de un mismo ser...

 

         Platónico

         Las ideas son seres superiores
         — Almas recônditas de sensitivas —
         Llenas de intimidades fugitivas,
         De crepúsculos, mimos y pudores.

         Por donde fueres, cuida de esas flores
         — Por donde caminhares — pensativas,
         Que aroma tienen, polen y colores,
         Y sufren más que nadie, y están vivas.

         Cógelas, solitario... obras son de arte
         Llegadas de ostro tiempo y otra parte
         A tu alma, jardin del que eres dueño.

         Con ellas teje, mientras la subida,
         La corona votiva de tu Sueño
         Y la imperial leyenda de tu Vida.


REVISTA DE POESIA E CRÍTCA   ANO XVII  No. 17   - Conselho Diretor: Afranio Zuccolotto, Cyro Pimentel, Geraldo Vidigal, Domingos Caravalaho da Silva e Waldemar Lopes..  Brasília – São Paulo – Olinda -  SETEMBRO – 1993.           Ex. doado pelo livreiro Brito – DF

 

TEXT IN ENGLISH

 

 Versão inglesa de LEONARD S. DOWNES

 

        INGRATITUDE

      
Never can I forget!  I was a boy:
       In our old garden once at broak of day
       I planted in engenuous, earnest play
       An almond sapling which I made my toy.

       It was my brightest hope, my constant joy…
       It grew… It grew… And slow began my away
       So that it leaned over the public way
       And gave its fruits for others to enjoy.

       From that time forth it always fall to me
       That all the fine trees planted by my hands,
       In golden dreams of their rewarding yield,

       Just like that first resplendent almond tree,
       Have always flowered in other people´s lands
       And dropped their fruits into the neighbour´s field.

 

*

Página ampliada e republicada em março de 2023

 



        

Página publicada em setembro de 2010; ampliada em dezembro de 2015.; ampliada em dezembro de 2017. ampliada em junho de 2018. Ampliada em agosto de 2018.

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