Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto de Ana Paula Prado

 PAULA VALÉRIA ANDRADE

 

Nasceu no Rio de Janeiro. Quando criança, respirou literatura, no meio literário carioca. Cursou Filosofia na PUC e formou-se em Desenho Industrial, Comunicação Visual e Educação Artística, Aos 19 anos mudou-se para São Paulo, onde criou raízes.

 

Trabalha há 16 anos com cenografia e figurinos para TV, películas e teatro, com prémios APCA, Apetesp e Mambembe. Escritora desde menina, foi prémio Jabuti - Câmara Brasileira do Livro - aos 21 anos. Tem 6 livros infantis publicados, todos eles com exposições de suas ilustrações na Itália, Holanda e Alemanha. Participou da Antologia

Poetrix, com Alice Ruiz, Ricardo Alfaya e mais 44 poetas. Publicou A Arte em Todos os Sentidos, livro didático pré-universitário, pela editora éo Brasil. Desde 1998 é colunista em websites e escreve sobre arte, teatro e literatura. Morou em Berlim, Londres, São Paulo, Austin, São Francisco e Los Angeles, onde reside há mais de dois anos. Ama a língua portuguesa, com certeza. Foi premiada em terceiro lugar no concurso Jogos Florais, Palavras e Música - 2003, em Portugal, com o poema "Mirar Miro", na categoria Poesia Lírica.

 

ANDRADE, Paula Valéria.  Ìris digital.   São Paulo: Escrituras Editora, 2005.   107 p.    14x21 cm.   ISBN 85-7531-158-1   Capa: da autora, a partir de objeto caixa de vidro, foto e agulhas, da artista Renata Barros, em foto negativo/positivo.  Col. A.M. 

 

National Gallery

 

 

Cristo loiro alemano,
 

Cristo ruivo judeu.

Cristo moreno romano.

Em quantas cores

 

fazem o Cristo,

em mundano?

 

 

 

Do fim ao fim

 

O que contorna enrola o que tá dentro.

 

Picasse tirou o contorno para ver o centro.

 

O centro é o que vem de dentro para fora.

 

O centro é uma bola de fogo do mundo que rola.

 

O miolo é recheio do centro.

 

O miolo do pão se não se come agora,

 

passa da hora.

 

As minhocas são como o miolo que cai no rio.

 

As minhocas substituem o miolo e ficam no fio.

 

O fio divide o começo e o fim.

 

O fim é o lado do fio que não diz sim.

 

O fim é quando acaba o pão.

 

O fim é o que se vai embora.

 

O fim é o lado de lá do fio que diz sim ao não.

 

O fim quando chega não tem hora.   

 

                  [Londres,93]

 

Mídia(o)cridade

 

0 cri-cri-cri

 

da mídia(o)cridade

exulta sempre

 

a maldade

a falsa verdade

 

no meio de meias

verdades

 

(algumas alheias)

 

algumas delas (belas)

mentiras

 

que (vampirescamente) anseias

para degustar

 

o que ceias.

 

Antropofágico ofício do vício.

Adrenalina correndo veias.


Carroça de frutas

 

Carroça de frutas

 

Tangerina laranja menina

 

Abacate verde imaturo

 

Banana yellowlouro do maduro bacana

 

 

Foco zoom: trem passa na ferrovia

 

ponte de ferro sustenta a via

 

(sob o velho cinza chumbo)

 

 

Entre ônibus, fumaças, carros

 

a beleza das cores vibra se opondo ao que

 

traduz

 

no carrinho-de-mão que o moreno baiano

 

conduz.

 

 

NOVO DECAMERON. Antologia poética. Org. Rodrigo Starling, 2021. 235 p.   ISBN  978-65-994-783-7-6-1    
                                                     Ex. bibl. Antonio Miranda
 

 

NECROPOLÍTICA DA PANDEMIA II

 

Um céu de helicópteros,
Sobrevoa o topo da cabeça.

 

Ambulâncias em sirenes
Estridentes por esquinas do bairro

 

Saio somente ao repor alimentos
Estresso os tímpanos

 

Negacionistas,
Andam sem máscaras,

 

Como moscas,
Pelas ruas da cidade.

 

Proferem palavras podre,
de um narcisismo perverso,
ao gosto do retrocesso.

 

Clandestinas festas nas madrugadas de arromba,
Perfazem 4 mil mortos ao dia.

 

Clandestinos barbeiros abrem as portas na esquina,
600 valas novas ao dia, só na capital.


A inauguração de um nunca visto, cemitério vertical,
Desumana conta sem igual.

1.300 leitos em ocupação esgotada, ao dia,
Macro aborto do micro cidadão sem opção.
Tudo à deriva e à revelia.

 

Vejo tudo da janela.

 

Parou. Parou com tudo.
Lockdown. Fase vermelha.

 

Vaga é a centelha,
de esperança quando a vida se vai.

 

E derrama, tudo aquilo,
de bonito revelado (muitas vezes perdido).

Em vidas e mais vidas deixadas,
No caminho de cada um.

 

Destino. Sobrevivência, ou morte.
Se cuida! Reza. E se ajoelha, a própria sorte.

 

ANTOLOGIA POETRIX , 5  organizador Goulart Gomes.  São Paulo: Scortecci, 2017.               ISBN 978-85-366-5212-2  
                                       Ex. biblioteca de ANTONIO MIRANDA

 

 TEMPORALIDADE

          
Tempo tem que
             faz e desfaz,
         a menos de a mais.

*

 PAISAGENS DE VIAGEM

         
Trago cá dentro, imagens:
        cenas, visuais bagagens e o
        avesso de tanta roupagem.

*

 JOGO SEMÂNTICO

            
Brincar e revisitar palavras
        Ludo vocal do voo ovo em espiral
          Não é pá e nem mera meia lavra.

*

  MOMENTO SEDENTO

             
Então, quando chega a hora?
              Só sei — se bem sei – que a vida,
                        se faz aqui e agora.
*

  EXPLOSÃO DE EMOÇÃO

             Beijo roubado no portão,
          música no acorde do coração:
       Amor bate na porta da aorta torta.

*

 SONHOS E IDEAIS

                    
Somos muitas vezes banais,
                Largados como batatas no quintais.
            E se não fazemos nada, vivemos sem mais.

*

  ZELO NO ELO

           
flor sozinha não faz primavera
       sozinho, passarinho voa sem revoada
      união não é opção, mas força sagrada.

*

  VOCAÇÃO: TÃO PULSAÇÃO!

           
Ás vezes pensamos ser morta,
         atrofiada, uma habilidade inata.
     E eis que, ressurge anos depois inalterada.
              
*

 AMEI COM NUNCA DANTES

                  
Instantes distantes,
             Respiro seus livros na estante.
        Uma estante colorida, é arco-íris da vida.
 

*

   DESTINO SEM TINO

 

                      Viver de sonhar
                      amar, navegar
     Caminhar     sem  (ter)  pressa,     e chegar.

 

*

   DESAFINA na BOA!

                  
 Às vezes é tão bom,
                       ser assim meio,
                    que, fora do tom!

*

  TRANSPIRAR E LAVAR

               
Lavar da célula a sinapse
           do teu cheiro, teu jeito, memórias
           e roteiros, desse teu corpo inteiro.


*

VEJA E LEIA outros poetas do POEMATRIX em nosso Portal:

 

Página publicada em março de 2024.

 

 

 

*
VEJA e LEIA outros poetas de MINAS GERAIS em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/minas_gerais/minas_gerais.html

 

Página publicada em dezembro de 2021

 

 

Página publicada em março de 2013

 

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar