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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

HÉLIO CHAVES
(1912-2010)

 

Hélio Davi Casqueiro Chaves  (nasceu em Petrópolis, RJ)  foi um dos grandes nomes da cultura petropolitana em todos os tempos.

Poeta, contista, romancista, ensaísta, crítico, jornalista, professor, membro da Academia Petropolitana de Letras, Academia de Letras do Rio de Janeiro e Pen Clube Brasil.

Obras do Autor:  A Canção da vida (1950);  A Escada do triunfo (1952);  Céu de espumas (1953);  Cintilações (1956);  Cortejo de estrelas (1960); Estrelas cadentes (1955);  Florações (1952);  Livro da minha alma (1949); Luz crescente (1954);  Miragens (1947);  Mosaicos (1949);  Olavo Dantas, poeta universal  (1972);  Oliveira e Silva, o homem e o ético na poesia (1975);  Os três caminhos do homem (1960);  Pensamentos  (1955 ); Pirilampos (1950);  Reminiscências  (1977);  Sociologia da história (1953); Sonetos (1961);  Uma família burguesa (1952);  Versos condenados (1951).  Fonte: http://www.rauldeleoni.org

 

CHAVES, Hélio.  Reminiscências. Poesia. Vol. I.  Petrópolis, RJ: Imprensa Vespertino Ltda., 1977.  614 p.   16x23 cm. ” Hélio Chaves “ ex. bibl. Antonio Miranda

 

CARRASCO IMORTAL

Eu, tenho sempre a sensação da morte,
olhar presente, a vigiar meus passos,
e vivo assim, sem decidir a sorte,
temendo os dias da existência, escassos!

Sinto que a morte tem as mãos nos laços,
preste a rompê-los no supremo corte;
e há, nesse vácuo do porvir, os braços
de mil fantasmas com horrendo porte!

Se, por um lado, traz filosofia
esse pensar na morte a cada dia,
por outro, há indecisão no meu futuro!

Caminho sob o olhar dessa pantera,
a todo instante na tremenda espera
do carrasco imortal, sereno e duro!

 

AO SOL DOS 50 ANOS

A noite vem chegando... e ausente a estrela,
que eu buscara no céu, durante a aurora!
Se é quase noite, é fácil para vê-la!
No entanto, a escuridão ao céu devora.


É tarde! Vou tranquilo, sem demora.
A noite vem chegando e irei rendê-la.
Que espero mais do mundo, se a extrema horam,
na mortalha fatal irei vivê-la?!

E andando vou. O poeta não tem ninho.
Vejo a curva final: despenhadeiro!
Andando vou. Que importa estar sozinho!

Não tenho medo. Eu vou cantando um verso,
prece do amor de um sonho derradeiro,
o sonho de integrar-me no Universo!

 

Página publicada em maio de 2015


 

 

 
 
 
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