| Foto:  https://www.imb.org.br/index.asp?pg=presidentes.asp   ANTÔNIO SAVINO( CARMINE ANTÔNIO SAVINO FILHO )
   Nasceu  a 15 de junho, em Três Rios, no Estado do Rio de Janeiro. Cedo foi levado para  Minas Gerais, onde ficou até completar seus estudos de Direito.  Possui  graduação em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1964),  graduação em Filosofia e letras pela Faculdade de Filosofia Santa Doroteia  (1968) e mestrado em Direito pela Universidade Gama Filho (1985). Atualmente é Professor A1 da Universidade Salgado de Oliveira. Tem experiência  na área de Direito, com ênfase em Direitos Especiais. Atuando principalmente  nos seguintes temas: medidas de tratamento, menor infrator.  Informações coletadas do Lattes em  19/05/2023
   A TOGA E LIRA: coletânea  poética. Abeylard Pereira Gomes ...[et al.: apresentação por Fernando Pinto.    Rio de Janeiro: Record, 1985.  224  p.                      Ex. doação do livreiro  BRITO, Brasília
   OFÍCIO DE RESULTAR
 pássaro  fremente de repente
 ferido  compromete-se ao voo.
 de  repente o rompimento dos
 grilhões  noturnos emergidos
 inteiros  da plumagem cósmica.
 de  repente a consciência dos
 degraus  descidos em vão. de
 repente  a mesa solitária, as
 pessoas  deglutindo o fel. de
 repente  as rugas e os óculos
 da  visão desperdiçada.  de
 repente  os amigos idosas as
 mulheres  recortadas bucólicas.
 de repente a presença na
 ausência  do que fomos, espuma
 a  arder na noite, no abismo
 
 
 CORAÇÕES  VEGETAIS
 
 eu  deixo a horta pronta
 a porta aberta o varal
 coberto de olhares  ermos
 
 eu  deixo o rosto da infância
 germinando
 assim  perpétuo em moldura
 
 eu  deixo a carta escrita
 meu  testamento com palavras
 sem destino
 
 eu  deixo meus anseios
 meus  desejos vãos
 minhas  procuras e perdas
 
 seu  alço meu adeus
 na  partida...
 nesta rotina sem  lágrimas
 
 
 SONETINHO
 
 meu  coração é um caçador solitário
 sem  artifícios sem conquistas
 repousando  esperanças
 na  sombra do riachinho
 
 meus  olhos são presas fáceis
 coloridos  pelo reflexo da paisagem
 cintilantes  flexíveis
 abertos  na contemplação total
 
 minhas  mãos são âncoras frágeis
 dissipadas  como foto perdido nas
 folhagens  consumidas ao vento
 
 meus  passos são brisas marítimas
 flutuantes  planícies tenras
 semeando  caminhos e profecias
 
 
 
 HISTÓRIA MADRIGAL
 
 que  amor é este
 eu  me pergunto
 que  silêncio é este
 que  atormenta?
 
 que  amor é este
 eu  me respondo
 cicatriz  do corpo
 nos  sonhos
 
 
 que  amor é este
 eu  leio nos jornais
 eu  leio nos jornais?
 
 que  amor é este
 pássaro  fremente
 acontecido  e morto?
 
 *
 
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 Página publicada em junho  de 2023
 
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