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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: http://cirandinhapiaui.blogspot.com/

 

                 HARDI FILHO   

 

Francisco Hardi Filho (Fortaleza5 de julho de 1934 – Teresina26 de março de 2015) foi um poetajornalista e ensaísta brasileiro, pertencente ao grupo CLIP da literatura dos anos 60 no estado do Piauí, região Nordeste do Brasil.

Intelectual do Ano em 1989, quando foi eleito para a Academia Piauiense de Letras. Colaborou em verso e prosa nos jornais, revistas e livros do Piauí e de outros estados, desde a década de 60, época em que participou do grupo de autores que criou o CLIP (Círculo Literário Piauiense), movimento cultural com a finalidade de acompanhar e discutir os acontecimentos literários e políticos nacionais e locais.

Morte[editar | editar código-fonte]

Morreu no dia 26 março de 2015 por complicações decorrentes de uma pneumonia.

Obras:  Cinzas e Orvalhos (1964); Gruta Iluminada (1971); Poesia e Dor (1974 – Ensaio sobre Celso Pinheiro, poeta piauiense); Poesias de Desencanto e de Amor (1983); Teoria do Simples (1986);

Cantovia (1986); Poesia e Dor no Simbolismo de Celso Pinheiro (1987); Suicídio do Tempo (1991); Oliveira Neto (Ensaios – 1994); Estação 14 (1997); Veneno das Horas (2000)

O Dedo do Homem (Diário – 2000)

Biografia: wikipedia.

                                    

 

 

ARTISTA

 

 

No atelier da vida, solitário,

somente em comunhão com a fantasia,

eu fui o artista que criou miragens

para conforto de ânsias infinitas.

 

Eu fui, também, aquele que traçou

formas de vida pelo sentimento;

o gênio louco que ideou amores

para sustento, amparo da esperança.

 

Insano escafandrista dos mistérios,

fui tradutor das emoções do mundo

e desenhista da volúpia eterna.

 

De pé, trêmulas mãos, olhos insones,

fui satanás sedento de domínio,

fui deus criando e alimentando sonhos!

 

 

                                                                                            

 

ESDRÚXULO

 

A prata, o caviar, a mesa elástica

riem do pobre

e lhe pesam no vazio do estômago

 

O lustre, o veludo, o mármore

esbofeteiam

a face do menino pálido

 

Dói no seu corpo o sacrifício

da ingênua espera:

aberta mão ao desviado prêmio.

 

De tanto conviver com áscaris

morre o menino

de alma e coração imáculos

 

Uma paixão antiga, hoje única

domina o mundo

É torturante a dor sem número.

 

 

 

          O SONHO IMPOSSÍVEL

 

          Mil novecentos e oitenta e oito
Pra seu final o século caminha
Mais um milênio! A festa se avizinha,
e é tema já deste soneto afoito.

 
O tempo é de inflação (sobe o biscoito,
o pão, a carne, a banana, a farinha...)
mas é também de avanço (antes não tinha
moça donzela pronta par ao coito).

 

           A vida está um caos, um pardieiro
onde se faz de “tudo por dinheiro”
e a honra é um mar que quase já secou.

 

           Em Teresina — Piauí — Brasil,
meu sonho é alcançar o ano 2.000
sendo o homem que sempre fui e sou.

 

 

 

 

É tarde
é cedo 

 

 

        é tarde, o sol declina no horizonte,
os pássaros procuram o arvoredo,
desde ontem juntos, tenho de ir embora
mas meu amor sugere que ainda é cedo.

 

        — é tarde, eu digo, a noite vai vestir
o manto que acoberta o seu segredo;
já nos amamos o bastante, amor,
e meu amor me diz: — amor, é cedo.

 

        retruco: é tarde, as sombras mais se adensam
e os caminhos, escuros, causam medo,
— isso mesmo, — diz ela me beijando —
espera amanhecer... amanhã cedo...

 

        ela é divina! eu sou feliz! Atendo
ao seu convite e aos seus carinhos cedo:
mais momentos de amor então gozamos;
até que, de repente acordo, é cedo?

 

        é tarde? a claridade de outro dia,
para nós dois, severa, aponta o dedo,
vou levantar, ela também acorda,
me abraça, e fala, insiste que inda é cedo.

 

          — é tarde, eu mostro, há luz em toda a alcova,
impondo fim ao nosso doce enredos.
— não! — ela diz — isto é clarão de lua...
amor, não vá, ainda é muito cedo!

 

 

 

Página publicada em janeiro de 2020


 

 

 
 
 
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