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SIMBOLISMO /  POETAS SIMBOLISTAS

 

FLEXA RIBEIRO

 

José de Flexa Ribeiro nasceu José de Flexa Ribeiro, bastante conhecido por seus artigos e estudos sobre assuntos de arte, na cidade de Faro, no Pará, em 19 de junho de 1883. Graduou-se em Direito, no Rio, e de 1909 a 1913 exerceu altos cargos públicos e o magistério em seu Estado natal. De volta ao Rio, obteve por concurso a cadeira de Pedagogia da Escola Normal e a cátedra de Belas Artes da Escola Nacional de Belas Artes, de que viria a ser diretor. Exerceu o jornalismo, profissionalmente e colaborando em grandes jornais do pais e do exterior (como La Prensa, de Buenos Aires, e Le

Figaro, de Paris).

 

Boa parte de suas poesias foi escrita em Paris. Sua arte, em Litania Pagã — assinala Murici — "é de um requinte que lembra Gustave Moreau e a sua suntuosa pintura hierática".

 

“Quando se preparava, em São Paulo, o movimento modernista, advertia Flexa Ribeiro, um dos colaboradores do jornal em cujas colunas se pregou a renovação, o Correio Paulistano, que o parnasianismo realizara apenas expressões externas de estatuária e de pintura, dominado por linha e cor, e concluiu: "já passamos do

período da sensação em arte, quero eu dizer, da sensação de epiderme e sem finalidade". Não é que Flexa Ribeiro, em seu antiparnasianismo, pertencesse a corrente que deflagraria a Semana de Arte Moderna: mas era simbolista, e já com vários livros publicados.” PÉRICLES EUGÊNIO DA SILVA RAMOS, in POESIA SIMBOLISTA – Antologia.  São Paulo: Edições Melhoramentos, 1965, p. 378.

 

Algumas obras do autor:  Litania Pagã. Rio, Tip. Leuzinger, 1907; O Amor e a Morte, Lisboa, Livraria Clássica Editora, 1913.

 

SÍNTESE

Azul de céu aberto em ansiedade
a esperança dum céu desconhecido...
Soluço inicial, na Imensidade,
do Incriado que aspira ao Definido...

Metade que deseja a outra metade
pelo instinto virtual do bipartido;
fascinação de luz, da Afinidade;
consciência do Mistério pressentido...

Alma silenciosa do Universo
na ascendência sem fim da Perfeição,
buscando um outro ser deste diverso.

Impenetrável causa das Origens
propele para o teu meu coração
na alucinada Força das Vertigens!

 

Traz a data de 1906. Espelha, como pensamento, idéias plat6nicas (do Banquete).

 

CRUCIFICAÇÃO

 

Forrado de cristal quero nosso aposento.

Abertas num perfume, orquídeas solitárias.

Subindo em espiral, como o meu Sentimento,

duma caçoila estranha, as essências mais várias..

 

Quatro esfinges a olhar, vagas e funerárias...

Um Cristo de marfim, visionário e sangrento.

Quase apagado o som de aveludadas árias,

através dos cristais, trazidas pelo vento...

 

E de tons de violeta uma luz o ilumina:

ambiente sensual, espiritualizado

a emoção virginal que me prende e domina...

 

Sobre lamina d'oiro — em formato de lira —

se estende o Corpo em flor, macio e perfumado,

em que todo o meu ser se alucina e delira!

 

 

A ornamentação singular reflete estesia decadente; por isso é que

Murici fala em Moreau. Datado de Paris, 1906.

 

 

 

ÁLBUM DE POESIAS.  Supplemento d´O MALHO.   RJ: s.d.  R$ 26,  117 p.  ilus. col.  Ex. Antonio Miranda

 

 

Página publicada em outubro de 2009.

 

 

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