TROVAS
ALONSO ROCHA
“Príncipe dos poetas paraenses”
(1926-2011)
Raimundo Alonso Pinheiro Rocha nasceu em Belém em 15 de dezembro de 1926 e morreu em 23 de fevereiro de 2010, filho do poeta Rocha Júnior e Adalgiza Guimarães Pinheiro Rocha. Foi casado com Rita Ferreira Rocha e pai de cinco filhos: os médicos Sérgio Alonso e Nelson Alonso, Ângela Rosa (arquiteta), Geraldo Alonso (engenheiro elétrico e eletrônico) e Ronaldo Alonso (falecido em 1977).
Conhecido como príncipe os poetas, Raimundo ocupou a cadeira número 32 da Academia Paraense de Letras desde 22 de Novembro de 1996, eleito em sucessão a Olavo Nunes e Bruno de Menezes, tendo como patrono o poeta Natividade Lima, participou da diretoria da Academia desde o ano de 1996, ininterruptamente, com mandato até 2.010. Por profissão, trabalhou como bancário, atuando também no sindicalismo no período de 1954 a 1976, tendo sido diretor do Sindicato dos Bancários do Pará e membro-fundador da Federação dos Bancários do Norte-Nordeste.
Foi o IV Príncipe dos Poetas do Pará, escolhido após consulta a um colégio eleitoral constituído de 200 personalidades integrantes dos círculos culturais, científicos e sociais do Estado, pessoas essas ligadas às artes e selecionadas por uma comissão especial formada pelos escritores Georgenor de Sousa Franco Filho, Pedro Tupinambá, Victor Tamer e Albelardo Santos. O resultado de votação através de voto assinado foi apurado em sessão pública do dia 8 de outubro de 1987, tendo recebido sufrágios de 14 poetas residentes no Pará. Por maioria absoluta de votos (56,77%) do total, Alonso Rocha foi eleito, tendo recebido na sessão solene de 21 de julho de 1989 (sesquicentenário de Machado de Assis) a comenda de 35 gramas de ouro, oferecida pelo governo do Estado do Pará.
Na adolescência, em 1942, fundou a Academia dos Novos em companhia de Jurandyr Bezerra, Max Martins e Antônio Comaru Leal. Ao grupo vieram juntar-se jovens intelectuais da época, como Benedito Nunes, Haroldo Maranhão, Leonan Cruz, Raimundo Melo, Fernando Tasso de Campos Ribeiro, Arnaldo Duarte Cavalcante, Gelmirez Melo, Edmar Souza, Benedito Pádua, Otávio Blatter Pinho, Antero Soeiro, Eduálvaro Hass Gonçalves, Alberto Bordalo e Lúcia Clairefort Seguin Dias.
Seu livro de poesias “Pelas Mãos do Vento” obteve os prêmios Vespasiano Ramos (1954) da Academia Paraense de Letras E Santa Helena magno (1955) do governo do Estado do Pará.
Em (2.004) foi presidente (por 4º. Mandato) da União Brasileira de Trovadores – seção Belém, tendo promovido em 1997 o I Jogos Florais de Belém, bem como o XIII Concurso nacional de Trovas no ano de 2.002/Belém-Pará.
A trova, forma poética que cultivou somente há pouco tempo, proporcionou a Alonso Rocha inúmeras vitórias em Jogos Florais e concursos pelo Brasil, notadamente no Pará, no Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Como sonetista, foi apontado como um dos melhores dos últimos tempos e um dos maiores dos últimos 50 anos do Pará.
Malba Than, no livro A Lua (editora Luz, Rio, 1955) publicou o seu soneto à “Lua Cheia” e o classificou como “autêntico Príncipe da Poesia Contemporânea.
Alonso Rocha que, com muito encanto, declamou os seus trabalhos em festas literárias pelo Brasil, e sócio-correspondente das: “Academia Norte Rio-Grande de Letras, Academia Municipalista de Letras do Brasil, Academia Sete-Lagoana de Letras, Academia Eldoradense de Letras, do Cenáculo Brasileiro de Letras e Artes, sócio honorário da Academia Piauiense de Letras e cidadão honorário do Município de Marapanim-PA.
Poeta eclético, não aprisionado a escolas e sem preconceito com qualquer forma de manifestação poética, Alonso Rocha foi dinâmico colaborador da gestão e representatividade da Academia Paraense de Letras.
Sua derradeira participação em atividades literárias aconteceu em 2009 em Belém representando a Academia Paraense de Letras como Júri do II Prêmio AP de Literatura, da Assembleia Paraense.
(Biografia extraída de https://maismuitomais.com/Alonso-Rocha.php)
TROVAS DE VELHICE. Jaboatão dos Guararapes, PE: Editora Guararapes EGM, 2016. 58 p. ilus col. Editor: Edson Guedes de Moraes. Ex. bibl. Antonio Miranda
Página publicada em março de 2020
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