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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MARIA DE LOURDES COSTA DIAS REIS

MARIA DE LOURDES COSTA DIAS REIS

 

Maria de Lourdes Costa Dias Reis, é mineira de Belo Horizonte, estudiosa e pesquisadora dos aspectos culturais do seu Estado. É professora de História, jornalista, escritora e folclorista.  

 

Colaboradora de vários jornais, é autora de sete livros, um deles, premiado pela União Brasileira de Escritores. É membro efetivo da Comissão Mineira de Folclore onde realiza estudos ligados à cultura mineira. Neste "Minhas Gerais", revela, através da poesia, todo seu entusiasmo pelas coisas mineiras. 

 

Professora e funcionária do Ministério da Justiça em Brasília, Distrito Federal.

 

Participa da Casa do Poeta Riograndense desd 1977; do Cenáculo Brasilieor de Letras e Artes (Rio de Janeiro), Academia Sergipana de Letas; Movimento Poético Nacional (São Paulo); Federação Brasileira de Entidades Trovistas -FEBET (Espírito Santo); Instituto Cultural Português (Porto Alegre); Federação de Entidades Culturais Fronteiritas (Uruguaiana, RS); Grupo Literário “Nova Geração” (Passo Fundo, RS) e muitas outra nacionais e estrangeiras.

 

Obra poética: Luar de Agosto (Poemas – Medalha de Ouro- 1982, pela Academia Internacional, Paris, França); Neco (Trovas);etc

 

 

 

De
Maria de Lourdes Costa Dias Reis
MINHAS GERAIS 
5a. edição. Belo Horizonte: Plurarts, 2009.    65 p.

 

 

SERTÃO MINEIRO

 

Este cerrado coberto de matos,

árvores retorcidas, enrugadas,

de poucas folhas e de muitos troncos.

São meus jatobás e meus araticuns,

meus araçás e minhas gabirobas.

Tudo isto meu sertão mineiro,

terra rude, cheirando a mato.

Terra de sol quente,

em tempo de rebentação,

em forma de energia e vibração.

Sertão de terra mineira,

onde me entrego, inteira,

terra, chão, mato e poeira,

encontro com minhas raízes.

 

CONFISSÃO DE INCONFIDENTE

 

Sou o elo entre o presente e o passado,

         sou o sonho entremeado

entre o divagar e o pensar,

         entre o estático e o volátil.
A canção muda que se faz ouvir

         e as melodias que não vão cantar.

Sou a ponta da corda da cisterna .

         que se deixa escapar

e, quando se quer tomar,

         o tempo já levou pra trás.

Sou o elo entre o ontem e o hoje,

         entre a verdade e a mentira,

entre o ritmo e o descompasso,

         entre o som e o barulho.

Sou nada, nada,

         sem reta nem direção.

Sou o ontem que restou de tudo,

         sou o hoje que sobrou do nada!

 

 

SERRO FRIO

 

Nestas bandas diamantinas,

nos outeiros incrustados

no meio da serrana,

fui procurar e encontrei

um presépio escondido,

Serro Frio, Serro Frio.

 

Casinhas bem delicadas,

em ruas de pedregulhos

tão difíceis de pisar

que machucam ao andar

os pés finos das donzelas

ou recebem as botinas

tão sonoras, nas pisadas,

dos machos deste lugar.

 

LITERATURA RIOGRANDENSE  VOL. 6  (Poesia & Prosa).  Org. de Nelson Fachinelli.   Capa de Mozart Leitão.  Porto Alegre, RS: Editora Proletra, 1985. 126 p.    Col. Literatura Riograndense Atual, v. 6).                                      Ex. bibl. Antonio Miranda – doação do livreiro Brito (DF)

 

 

PORTO ALEGRE

Porto Alegre,
Cidade — Sorriso,
belo paraíso
das plagas do Sul.

Porto dos Casais,
porto das crianças,
porto de esperanças
junto ao mar azul.

Tem Rua da Praia
e bairros floridos,
prédios tão antigos,
novas construções.

 

lendárias igrejas,
fábricas e escolas,
nosso Porto Alegre
de alegres canções.

Sopra o minuano em noites de inverno
e o gaúcho canta mágoas e saudade,
mas quando brilha o Sol trazendo a alegria,
canta a alma gaúcha em doce alacridade.

Ouvindo poetas, aves, seresteiros,
o Guaíba, calmo, rota para o mar.
Sonha Porto Alegre à luz das estrelas
e acorda risonho e feliz a cantar.

Piratini, Farrapos,
contam uma história
de lutas e de glória
de um povo viril,
sempre pronto e presente
a defender seu nome,
o nome do Brasil.

Assim é Porto Alegre,
música e poesia,
trabalho e alegria,
inverno e calor;

Porto Alegre que canta,
que luta e que trabalha,
Porto Alegra que fala
a linguagem do amor.

 

*

 

MÃE (Antologia). Capa: Sônia Gonçalves Dias. Brasília. DF: Casa do Poeta Brasileiro    (POÉBRAS)  Seção Brasília, 1983. 200 p.  
Ex. doação do livreiro Brito, Brasília, DF

 

                “MINHA MÃE! MINHA MÃE! AI, QUE SAUDADE IMENSA
DO TEMPO EM QUE AJOELHAVA, ORANDO, AO PÉ DE TI.”

TROVA

  Mãe, no meu rude caminho,
és doce realidade:
quando presente, carinho...
agora ausente, Saudade.

 

       MARIA

Vós sois entre as mulheres a mulher bendita,
pois fostes escolhida a ser Mãe do Senhor.
Virgem cheia de graça e beleza infinita,
por Vós ao mundo veio o nosso Senhor.

Na noite de Belém, grande foi vossa dita
ao receber nos braços nosso Redentor.
Com zelo O embalavas, mas depois, aflita,
com o Menino fugistes do heródeo rancor.

No cimo Calvário, o vosso filho amado
para Mãe vos cedeu a toda a humanidade,
quando por nós morria no infame madeiro.

Vós sois a nossa Mãe! Oh! sublime legado!
E por Vós encontramos a felicidade
que só existe no amor divino e verdadeiro!


   MÃE

minha mãe,
quanta saudade

meu ser invade
pensando em ti

Vejo teu rosto
de amor tão belo,

teu ar singelo
que sempre vi.

Tinhas doçura que há nas crianças,
nas ondas mansas, no céu ao luar...

E em tua voz, som brando e leve,
que um anjo deve ter ao cantar

Fosse o farol
de minha vida,

ó mãe querida,
meu puro amor,

Quisera agora,
Estar contigo,
como ao abrigo
de toda dor.


INVOCAÇÃO

Quando, na vida, as dores, como setas,
vinham ferir-me o corpo e a ingênua alma,
tu sabias suavizá-las,
doce e calma.

Mas depois partiste...

E, sozinha,
suportando terrível amargura,
sem ninguém para ouvir a queixa minha,
em silêncio velei, na noite escura.

Mãe,

deixa-me repousar, confiante,
sem teu regaço, sombra apetecida,
se sentir teu carinho e teu amor.

O bálsamo de tua mão acariciante
põe em minha cabeça dolorida
e não mais eu sentirei tamanha dor.


       
ROSAS E MÃES

Dei uma rosa a minha mãe.

Rosas falam de amor.

Ambas eram belas,
ambas muito amadas,
minha mãe e a flor.

Mas o tempo, talvez por ciúme,
feriu a rosa
que silenciosa se desfez.

Minha mãe seguiu a rosa
e sozinha fique mais uma vez.

Rosas e mães não deviam morrer...


NÓS DOIS

Era um potinho de louça,
era um pote bem branquinho,
que minha mãe sempre enchia
de doces e de carinho.

E o potezinho encantado,
como um gênio de Aladim,
tinha sempre uma surpresa
reservada para mim.

Mas um dia ela partiu.
Fiquei então muito só.
E o potezinho esquecido
cobriu-se de fino pó.

No caminho do armário
da salinha fria e calma,
está ele tão vazio
como vazia é minh´alma.


AMOR DE MÃE

amor perfeito,
o mais perfeito amor

É esperança quando embala um berço.
É música, é alegria, é perfume e é flor.

Amor de mãe,

ternura que se faz em prece,
carinho que nunca se esquece,

força e fraqueza,
sempre a consolar.

Amor-perdão
para qualquer ofensa,

Amor-saudade,
uma saudade imensa,

do filho que se foi para não mais voltar.

*

Página publicada e ampliada em setembro de 2023.


 

 

VEJA E LEIA outros poetas de MINAS GERAIS:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/minas_gerais/minas_gerais.html

 

 

Página publicada em setembro de 2021

 

 

 

Página publicada em agosto de 2010


 

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