AUGUSTO BARBOSA COURA NETO
AUGUSTO BARBOSA COURA NETO - Nasceu em Ponte Nova, Minas Gerais. Engenheiro Florestal pela UFSM, RS e Pós-graduado em nível de Especialização pela UFSC, SC. Membro do International Writers and Artist Association [IWA], Ohio, USA e Academicus Praeclarus do Clube dos Escritores de Piracicaba, SP. Pertence à Academia São José de Letras, SC, onde ocupa a Cadeira n. 26, tendo como patrono Antonieta de Barros, e à Academia Desterrense de Letras, Florianópolis, SC, ocupando a Cadeira n. 3, da qual é patrono Amaro Seixas Ribeiro Netto. Pertence a Ordem Nacional dos Escritores. Membro Correspondente da Academia Taubateana de Letras, Sócio Correspondente do Centro de Letras de Paranaguá Leôncio Correia, Membro Correspondente da Academia de Letras de São Lourenço, MG, da qual recebeu a Grã-Cruz do Mérito Poético [1999] e Comenda Cavaleiro da Ordem do Mérito Humanitário [2000]; da Academia Internacional de Ciências e Letras, Artes e Filosofia do Rio de Janeiro, da qual recebeu a Comenda do Colar da Ordem Magnífico Poeta [2000]; da Sociedade Nacional de Mérito Cívico, Brasília, DF, que o homenageou com a Comenda Colar Grã-Cruz Mérito da Engenharia [2001]. Em 23 de Abril de 2002, recebeu da Câmara Municipal de São José, SC, a Comenda Mérito Cultural Josefense e em 28 de maio de 2003 pela Academia Desterrense de Letras foi homenageado com o Troféu Cruz e Sousa. Participa de diversas antologias. É verbete da Enciclopédia de Literatura Brasileira Contemporânea, volume VIII, RJ [1997]; do Dicionário Biobibliográfico de Escritores Brasileiros Contemporâneos, Teresina, PI [1998], e da Enciclopédia Literária Escritores do Ano 2000, Casca, RS [1999]. Fonte: http://www.poetasdelmundo.com
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COURA NETO, Augusto Barbosa. Alvorecer de um sonho. 2ª ed. Blumenau, SC: Nova Letra, 2015. 79 p.
Intruso
Adentrei teu corpo sem licença
Afoito cheio de amor, sem paciência.
Em busca do meu eu, do meu viver,
Pois és a flor que pretendo um dia ter.
Sem hesitar aceitaste com benevolência
Ser vinho que dessedenta meu beber
Ser meu perdão ser minha indulgência
Pois meu coração só busca o teu querer.
Noite após noite aumenta minha insónia
Em pensar não conseguir o meu intento
De ter-te em meu jardim bela begônia.
Já vi, que viver sem ti, eu não aguento,
Pareço abelha longe da colônia.
Sou como a folha ao léu que abraça o vento.
Carnaval
É carnaval...
Arroubo dos foliões,
Confetes e serpentinas.
Rodopiam nos salões
Piratas, colombinas e arlequins,
Misturam-se com palhaços e mascarados.
E no lugar de tristezas e queixumes,
A alegria do casal de namorados.
Domingo, segunda e terça-feira,
Tríduo dedicado à bebedeira.
Purpurina, pés doídos e suadeira
Serão as doces lembranças
Nas cinzas da quarta-feira.
Galo Carijó
Belo galo carijó
Tens rêmiges de guerreiro,
Das garnisés não tens dó...
És o rei do galinheiro.
Terrívomo nas ciscadas
Cantante no alvorecer,
Com tuas perversas bicadas
Fazes o frango padecer.
Reinas uno no terreiro
Com teu sólido esporão,
Cocoricas no poleiro,
A majestade em canção!
Mas teu reinado alectório,
Envolto num grão de milho,
Termina num refeitório
Dentro de cruel fornilho.
COURA NETO, Augusto Barbosa. Sonho realizado. Florianópolis, SC: Editora Secco, 2020. 80 p. ISBN 978-590-232338-0-6 Ex. bibl. Antonio Miranda
PESCADOR
Pescador que vai para o mar
Em busca do doce sustento
É cipó entrelaçado
Ao sabor do morno vento
Vai a busca de fartura
Para em seu lar saciar
Leva a rede na canoa
Em seu eterno singrar
Traz na rede o sustento
Não teme as ondas aflitas
Azul do mar é seu conforto
E a esperança o seu porto
Para alimentar a família
Com os peixes de cada dia
Ele agradece a pescaria
Rezando uma Ave-Maria
O GALO
Galo madrugador
Do sertão, és o cantor
No raiar da alvorada
Como bom despertador
Acorda o trabalhador
Em cada manhã de labor
Encantando a madrugada
Ao lado da passarada
Seu cantar é oração
Ecoando na amplidão
Seu canto, às vezes, é bem triste
Mas mesmo assim não desiste
Do teu belo cocoricar.
Página publicada em junho de 2015; página ampliada e republicada em junho de 2020
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