ADELAIDE DO JULINHO
Adelaide do Julinho. Viúva. Do lar. Vive discretamente em Belo Horizonte, Minas Gerais. Musa de quatro importantes personalidades do cenário nacional (um poeta, um escritor, um músico e um político — de direita). Poeta neobarraco, está em Amar é abanar o rabo, de Jovino Machado (Belo Horizonte: Excelente, 2009) e Dedo de moça — uma antologia das escritoras suicidas (São Paulo: Terracota Editora, 2009). Foi um dos autores convidados da mostra #Tuiteratura (São Paulo: Sesc Santo Amaro, 2013). Tem poemas traduzidos para o inglês, francês, italiano, alemão, espanhol, albanês, latim, romeno, entre outros. Se pudesse escolher, preferia ser a Gisele Bündchen, com um pouco mais de bunda.
Biografia extraída de http://www.escritorassuicidas.com.br
Extraído
BABEL POÉTICA. Revista de Poesia. Ano 1, N. 4 – Agosto/Setembro 2011. ISSN1518-4005. Editor Ademir Demarchi. babelpoetica.wordpress.com
consciência ecológica
impossível fechar as pernas
e matar a borboleta que
voa voa voa entre elas
floral
um antúrio muito rijo pedindo
abrigo em um vaso úmido
tempo de poda.
mais em bashô
o sapo salta
perereca bate palmas
aguaçal na mata
aurora
de quatro
papaimamãe
chupeta
oh! que saudades que tenho
da minha infância querida
hipnose
é sempre assim:
ele põe o pinto para fora
eu fico fora de mim
em riste
para jão filho
a sua cabeça dura:
valente – inclemente – entremetente:
só pode com ela o meu hímen complacente
Página publicada em agosto de 2018 |