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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA MÍSTICA E RELIGIOSA

 

 

 

 

 

 

              ABEL RAFAEL PINTO

 

 

(1914-1991)

 

Abel Rafael Pinto nasceu em Paraíba do Sul (RJ) no dia 28 de março de 1914, filho do comerciante e delegado de polícia Augusto da Silva Pinto e de América Sposito Pinto.

Radicado em Juiz de Fora (MG), onde trabalhou como comerciário, concluiu, em 1937, curso de contabilidade no Instituto Comercial Mineiro, do qual tornou-se professor de português no ano seguinte. Ocupou este cargo até 1942 e, no ano posterior, passou a lecionar ciência de administração na Faculdade de Ciências Econômicas, atualmente incorporada à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Em 1947, assumiu uma cadeira de vereador no município e, no ano seguinte, formou-se em economia pela Faculdade de Ciências Econômicas. Exerceu o mandato municipal até 1950 e, em outubro de 1954, candidatou-se a deputado federal por Minas Gerais pela legenda da União Democrática Nacional (UDN), porém não conseguiu se eleger. No ano de 1955, ocupou as diretorias da Divisão de Receita e Despesa e da Divisão de Administração da prefeitura de Juiz de Fora.

Ex-militante da Ação Integralista Brasileira, elegeu-se, em outubro de 1958, deputado federal por Minas Gerais pela legenda do Partido de Representação Popular (PRP), assumindo o mandato em fevereiro do ano seguinte. Também em 1959, bacharelou-se em direito pela Faculdade de Direito de Juiz de Fora. Em janeiro de 1961, licenciou-se da Câmara dos Deputados para ocupar o cargo de secretário de Agricultura, Indústria, Comércio e Trabalho do governo de Minas na gestão de José de Magalhães Pinto (1961-1966). Por declarar-se numa entrevista à imprensa contrário à política externa adotada pelo então presidente da República, Jânio Quadros, pouco antes da renúncia deste, em agosto de 1961, foi exonerado pelo governador mineiro. Neste mesmo mês, retornou à Câmara dos Deputados, assumindo a partir de março do ano seguinte a vice-liderança do PRP.

Reeleito em outubro de 1962, desta vez pela legenda do Partido Social Democrático (PSD), com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de apoio ao regime militar instituído no país em abril de 1964. No pleito de novembro de 1966, obteve uma suplência de deputado federal pela legenda da Arena e em janeiro do ano seguinte deixou a Câmara, voltando a ocupar uma cadeira em 1969. Conquistando apenas a 11ª suplência nas eleições de novembro de 1970, não voltou a exercer o mandato. Como deputado federal, pertencera às comissões de Economia, Redação, Serviço Público e de Educação.

Afastado das atividades parlamentares, voltou-se exclusivamente para a advocacia, tendo prestado assessoria jurídica a órgãos do Ministério da Educação e Cultura entre 1976 e 1979.

Em Brasília, foi professor da Faculdade de Serviço Social e do Centro de Ensino Unificado, além de ter integrado o Conselho de Supervisão do Centro Gráfico do Senado Federal e o Conselho Diretor da Fundação Educacional do Distrito Federal.

Faleceu no dia 6 de abril de 1991.

Era casado com Alba Nardelli Pinto, com quem teve 13 filhos.

 

 

 

LATINIDADE: I COLETÂNEA POÉTICA DA SOCIEDDE DE CULTURA LATINA DO  ESTADO DO MARANHÃO.   Dilercy Adler, org. São Luis: Estação  Produções Ltda, 1998.  108 p.  Capa: Carranca – Fonte do Ribeirão – São Luís – Maranhão – Brasil        Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

DUALISMO

 

— São prantos, na alegria,
que ficam,
ou risos, na tristeza,
que passaram?!

 

Quer sorrir, só lágrimas lhe vêm;
quer chorar, o riso aflora aos lábios.
Quer odiar, só o amor seu peito tem.
E quer pensar como pensaram os sábios.

Quer lembrar, esquece-se de tudo;
quer esquecer, lembra-se como nós.
Risos, alegrias, às vezes, são escudos
dos solitários que vivem sempre a sós.

Nem choro, nem risos, nem risos, nem prantos.
Um misto de tudo lhe leva ao encanto
das coisas bonitas que a vida nos dá.

Um misto de tudo lhe leva à tristeza
das coisas da vida que faltam beleza,
que roubam a alegria, que fazem chorar.

E pergunta a si mesmo, a sorrir de tristeza.
E pergunta a si mesmo, a chorar de alegria:

– São prantos, na alegria,
que passaram,
ou risos, na tristeza,
que ficaram?!

 

 

 

DEZ ANOS DE POESIA E UNIÃO. ANTOLOGIA 1988.  Brasília: Casa do Poeta Brasileiro – Poebrás – Seção de Brasília, 1988.  226 p.  15,5x22,5 cm.         Capa: pintura de Marlene Godoy Barreiros.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

POEMA DA FONTE DA ALEGRIA

 

 

Humildes diante da Lei,

       foram eles ao recenseamento.

Em Belém de Efrata
deu-se o nascimento.

   

De Davi, a ilustre grei

       da terra, a pequenina Belém,
da mulher, a Virgem Maria,

       assim se cumpriu toda a profecia
de Miquéias e de Isaias,

              Confirmando donde provém
a promessa dum Messias.

 

Virgem na conceição,

       Virgem no parto divino
e Virgem depois também.

       O mistério da Encarnação

       é o mais completo hino
do amor que nele se contém.

 

Da Virgem cheia de graça

       veio Jesus a nascer
e conforme a fala do povo,

       passou por ela sem a ofender
como o sol pela vidraça!

 

Que há de admirar, portanto?
Conserva-se a Virgindade,
Mantém-se puro o Vaso Santo
para honra da Divindade!

 

       Os linhos mais alvos
para as alfaias do altar;
os vasos de oiro para as oferendas,
as flores mais odorosas para enfeitar:
para Deus se reservam
as melhores prendas!

 

 

 

Para Cristo, o Deus Encarnado,
nada mais sublime

              que a Mãe pura!
a Virgindade Perpétua de Maria

               é o sinal, o penhor da Sua Divina Figura,
na pureza materna emoldurado

               como convinha ao Rei e Sua Soberania!

 

Esplendendo a Salvação

              com todo o brilho,
é o NATAL a fonte de alegria,

       O MILAGRE

da Mãe e do Filho!

 

 

 

 

 

 

MARIA RAINHA

 

Nossos lábios o confessam

     e nossos corações o confirmam:
— Vós sois a Rainha,
Mãe do Cristo-Rei,
Esposa do Espírito Santo,
Eleita da Trindade!

 

       Os Povos todos Vos veneram
porque sois
a Candura
a Mansidão
a Pureza!

 

       O Vosso cetro
é o bastão dos Profetas,
a vara de Moisés,

         que faz jorrar água dos corações empedernidos!

 

O bastão de comando

que alinha os guerreiros
para a batalha da ascese,
para o combate da mortificação,
para a luta da salvação!

 

A Vossa coroa

       é cravejada de luz
e ilumina Vossa cabeça

         como um sol,

         uma estrela de primeira grandeza!

 

A Vossa bandeira ostenta

       um coração de sete espadas,

       são sete dores crudelíssimas,

       que Vos associam na Paixão!

 

Sois, portanto, Rainha "de condigno",

        por direito de nascença e de conquista

 

Deus Vos escolheu

antes dos Tempos

              E Vosso SIM confirmou a eleição!

 

A Vossa Munificência real

       com o inesgotável tesouro de graças

              chove bênçãos
quais gemas preciosas
aliviando sofrimentos,
criando alegrias!

 

 

 

 

 

MARIA RAINHA II

 

Brilham como rubis
 as gotas de sangue do Vosso Filho!

 

O suor da Agonia,
como pérolas,
rola em bagas!

 

Como diamantes que ofuscam,
caem as lágrimas de Cristo!

 

A carne em pedaços

       que ficou no pátio de Pilatos

e nas duras pedras da Via Sacra,

              ora é como mármore exangue,
              ora como turvos topázios
ou roxas ametistas!

 

Da arca de riquezas

       as palavras evangélicas
rolam como moedas de oiro!

E toda essa pedraria luminosa,
todo esse oiro rutilante
gera
gera sem cessar,
as bênçãos do Pai,
o amor do Filho
e a luz do Espírito Santo,

pela intercessão misericordiosa
de Santa Maria Rainha!

 

          

 

 

Página publicada em setembro de 2020


 

 

 
 
 
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