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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MÁRCIA DE QUEIROZ

 

Nasceu em Catanhede, interior do Maranhão, em 1908 e faleceu no Rio de Janeiro, em 1969.

 

QUEIROZ, Márcia dePoemas  (1920-1960).  Seleção e organização de Arlete Nogueira da Cruz.  São Luis, MA: SIOGE, 1993.   56 p.  12,5x18 cm.  Col. A.M.  (EA)

 

PÁSSARO PRESO

 

Pobre pássaro preso na gaiola,

só eu te compreendo a desventura,

pois como tu minha alma se estiola

noutra prisão também estreita e escura.

 

Dão-te conforto que te não consola,

pensam que exprime, o canto teu, ventura.

Mas, bem o sei, quanto tristor evola

do teu viver, alada criatura.

 

É que o meu ser como o teu ser, imerso,

vive, na imensa angústia de querer

conquistar as lonjuras do universo.

 

Se nos tolhe o destino a liberdade,

onde buscar o encanto de viver,

onde achar, pássaro, felicidade?

 

 

 

ARTISTA

 

(A Ambrósio Amorim)

 

Ante o painel da natureza e a tela,

tua alma comovida, se embevece,

e logo a arte pura ae revela

na imagem que, súbito, aparece.

 

E nos vários matizes da aquarela,

teu pensamento toma forma e cresce:

 

aqui a cor é mais pujante e bela,

ali, em tons mais leves, esmaece.

 

No contorno das formas e nas fintas,

um pouco do teu ser se transfigura

e tudo se transforma, quando pintas.

 

Mesmo que a tela simples se revista

de alguma pobre, esquálida figura,

revela sempre o que tu és: artista.

 

 

 

ROSA DE MAIO

 

Foi neste mês de clara primavera,

neste maio de rosas, sempre lindo,

que humana flor desabrochou sorrindo

no meu rosal de sonho e de quimera.

 

Marilda, é o nome dessa flor que viera

trazer-me à vida o seu encanto infindo

com tanta graça em seu olhar luzindo,

dos anjos toda a candidez trouxera.

 

Que nunca a sombra de um pesar lhe venha

turvar o brilho da existência amena

e em seu destino só venturas tenha.

 

Essa rosa de maio sempre pura

que, de virtude, emite a alma serena,

essência que embalsama e que perdura.

 

 

 

O NASCIMENTO DE VÉNUS

 

Todo mar, de repente, estremeceu

e as vagas se eriçaram encapeladas,

as ondas levantaram encrespadas

e a brisa que passou ensandeceu.

 

As estrelas, em súbito apogeu

de glória e esplendor, maravilhadas,

vieram todas do infinito, aladas,

e nas águas o céu resplandeceu.

 

Pérolas mil à tona apareceram

e num templo pagão, sem véu nem brumas,

transformara-se o mar. Génios tangeram

 

alegres harpas, encantados trenos.

Vinha, de um branco turbilhão de espumas,

surgindo a forma escultural de Vénus.

 

 

 

Página publicada em janeiro de 2013

 

 


 

 

 
 
 
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