Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

FRUTUOSO FERREIRA

(1846? – 1910)
 

Poeta maranhense.

 

 

SOUSA ANDRADE

 

Erguem brumas do mar do etéreo brilhantismo,

Num faustoso Ocidente umas exéquias grandes...

Loira tarde no céu. Desse cristal dos Andes

Rola um Sol a cair nas vastidões do Abismo.

 

E na augusta amplidão daquela tarde enorme

Surge um vulto de azul de esplêndida safira:

É a bela Guimarães... A Pátria que delira

Na opala sideral do Ocaso que ali dorme.

 

É que entra nos Panteons da cérula turquesa,

O Gênio imorredoiro, escultural do Guesa,

O Gênio que entre nós chamou-se Sousa Andrade.

 

Como as que ele sonhara eternamente belas,

Possam novas coroas desfolhar-lhe estrelas,

Por sobre a noite azúlea da ampla Eternidade. 

 

(De Jornal Pacotilha -São Luís em 20-4-1902)

 

 

15  DE NOVEMBRO

 

Repúblicas dos céus tão belas, tão faustosas...

Oh! Quem vos concebera as formas grandiosas?

- Quem fora esse Escultor dos vossos alabastros

E o Fáon que acendera os fogos desses astros?

Sereias ou vestais de uns esplendores lácteos,

Em meio às amplidões de aéneos céus, eufráteus,

Por entre o oiro e o azul de siderais Elêusis,

Vossos seios, em flor, de apocalípticos deuses,

Entre a pompa a escander, dos arrebóis ardentes

E o deserto e o negror das noites arquialgentes:

- Quem vos alcandorara as negridões nevosas,

Repúblicas dos Céus... Valquírias... Nebulosas? ...

Minhalma é vaga e loira assim como as Quimeras,

Eu ouço a meIo pé ia ardente das esferas,

Eu sigo no Infinito os grupos das visões

..................................................................

 

Eu sou como Aassvero, eu venho de outras plaga

Remotas, de outros céus azúleos como as vagas,

Exausto e já cansado atrás das harmonias,

Deixai banhar-me aí ao sol das Utopias,

Nas vossas regiões adúleas, peregrinas,

Quero beber a luz das vastidões divinas,

Repúblicas do Azul... Valquírias... Nebulosas...

 

(De Jornal Pacotilha -São Luís em j15-11-1904)

 

 

NOITE BRAHMA

 

Corre a Noite de Brahma... A Eternidade avulta...

Aí junto à Porta de Oiro o grande Arcanjo exulta

Na voragem sem fim dos êxtases deiformes;

Estruge o vendaval dos céus pelagiformes

E o Arcanjo vencedor enfrenta os temporais,

Cheio desse esplendor das glórias eternais

E Ele vibra da epopéia azul dos cataclismas,

Nas lavas colossais dos Etnas das cismas.

 

Corre a Noite de Brahma... O espírito da Flor

Desdobra um madrigal - a apoteose do Amor,

O Amor - Guerreiro audaz - Sol de inefável luz,

Que se tornara um Deus, assim como Jesus:

Pompeiam céus, a flux, chispantes de arrebóis

E a Noite, em flor de Brahma acorda os seus Heróis;

Este que vem fulgindo assim como os cristais,

É um daqueles milhões de assinalados tais.

 

 

(Jornal Verdade e Paz/São Luís/ 15-12-1906,

completado nas edições de 21 de janeiro e 20 de abril de 1907.)

 

 

Fonte: ASSIS BRASIL.

Página preparada por ZENILTON DE JESÚS GAYOSO MIRANDA,

Publicada em junho de 2008.




Voltar a página do Maranhão Voltar ao topo da página

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar