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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DANIEL BLUME

 

Daniel Blume nasceu em 27 de outubro de 1977.

Advogado, procurador do Estado e juiz substituto do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), membro da Academia Maranhense de Letras (AML). 

 

BLUME, Daniel.  Resposta ao terno.  São Luis, MA: Belas Artes, 2018.  202 p.ISBN 978-85-5291-500-3  Capa: Bruno Sousa; Daniel Blume.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

A poesia de Blume atenta para a contemporaneidade, um ser antenado com os referenciais e as rotas do seu tempo, sem esquecer dos que bateu à porta quando caminhava no seu Inicial, livro de estreia e, posteriormente, Penal, onde o poeta já evidencia a autoridade do discurso poético, em querer permanecer nas ruas de agonia de Sousândrade.

BIOQUE MESITO

 

Múltiplo, como se olhássemos em um jogo de espelhos, a refletir um Eu diverso, mas sempre o mesmo, retornando inteiro ao seu fazer poético; caleidoscópico de multifacetadas impressões, Blume oferece ao leitor a sua poesia, através do bem urdido Resposta ao Terno.”
LAURA AMÉLIA DAMOUS

 

        SORO

 

        Dor pulsante
constante caminha
do intestino à mente,
até a internação.

 

         Soro gota a gota
com questões questiúnculas
remédios médicos
enfermeiras.

 

         Décadas pingadas
em dias, estreito corredor
de éter torpor.

 

         Noite/dia mesclam-se
também com tensão
e pavor.

 

         Sonoros passos
no poço
do impaciente
no leito.

 

         Paciente em frestas
no cotidiano
dos raios tisnados.

 

         Vista embaçada
e outra injeção
na vida esfumaçada.

 

         Raios não de sol,
enquanto permanece
noite.

 

        CAIS DO PORTO]

 

Foi embora sem deixar moedas,
mas uma pauta incompleta
e muitas marcas nos corpos
que ardem de saudade.

 

Risos e choros se confundem
nas memórias do cais do porto
quando do aconchego em carne viva.

 

 

         INSULTO

 

         Se qualquer,
não me insulte
ser aquele.

 

         Se exíguo,
não me insulte
ser imenso.

 

         Se lânguido,
não me insulte
ser hercúleo.

 

         Se ingênuo,
não me insulte
ser ladino.

 

         Se desvalido,
não me insulte
abastado.

 

         Se sem voz,
não me insulte
aos berros.

 

         Se não toco,
não me insulte
ter soado.

 

         Se denso,
não me insulte
ser bonança.

 

         Se se foi,
não se finja
estar aqui.

 

                                 PAPEL

                                    Escrever é viver
no papel um papel
de si.

                                      Conforme de vive,
escrever é risco,
que se corre e escorre
na escrita.

 

De almaço a almoço,
torna-se isca,
quando se risca.

 

É preciso
um impreciso
rabisco.

 

                 RISCO

 

A falha não é da folha
é das letras que fogem.

 

A falha é do arisco
que não desce
do papel interpretado.

 

Desta confissão
há mais risco que arrisco
no definitivo texto.

 

                         TRIUNFO

 

A franqueza deve fazer
da fraqueza a força,
não é a vida uma sucessão
de triunfos.

 

 

 

 

LATINIDADE: I COLETÂNEA POÉTICA DA SOCIEDDE DE CULTURA LATINA DO  ESTADO DO MARANHÃO.   Dilercy Adler, org. São Luis: Estação  Produções Ltda, 1998.  108 p.  Capa: Carranca – Fonte do Ribeirão – São Luís – Maranhão – Brasil        Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

ESPELHO

 

 

Escrever inscrevendo.

Desafio.

Espelho.

Rompe a barreira do silêncio.
Voz. Canto abafado.
Tecnicismo cotidiano,
faz o sendo,
meu eu.

Eu ser, existir, falar, pensar, temer.

Eu dúvida, certeza;

Eu claro sombrio, choro, sorriso;

Paradoxo construtivo,

realidade dialética.

Espelho.

Farsa de vontade,
força de vontade,
instrumento de luta,
lide da vida.

Companheira e carrasco.
Espelho.
Ufanismo retido,
fragilidade de pedra.
Espelho.

Genética turbulência, Alemão, judeu, índio, negro, português...

Todavia brasileiro, maranhense; Eu ilha.

Caruru, bobó, vatapá, juçara, bumba-meu-boi... Espelho.

O homem está na cidade; A cidade está no homem; Mesmo que fora dela.
Espelho.

 

                Social felicidade,

Eu fraterno, filial;

Eu ágape,

Priscila.

Espelho.

Exceção,

felicidade triste.

Eu comida, roupas, saúde,

Coca-cola;

Eu escola, família, universidade..

Triste felicidade.

Exceção.

Espelho.

Perspectiva e desejo.
Promotor é promover
Justiça e certeza.
Luta e verdade.
Esperança e Brasil.
Eu.

Escrever inscrevendo,
espelho.

 

 

 

Página publicada em julho de 2018; página ampliada em outubro de 2019

                  


                                     

                  

        

 

 

 

 

 

 
 
 
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