POESIA GOIANA
Coordenação de SALOMÃO SOUSA
Foto http://sociedadedospoetasamigos.blogspot.com/
TULIO HENRIQUE PEREIRA
Túlio Henrique Pereira é autor de contos, poemas, romance e dramaturgia. Aos 21 anos de idade foi premiado com o conto Mundo azul cor de fel no concurso Arte e Criatividade dedicado aos artistas goianos com destaque na literatura e artes plásticas, concurso realizado pelo Sesi, Editora Kelps e Banco do Brasil. O conto premiado foi publicado na quinta edição da Antologia poética e contos (Kelps), distribuída em escolas estaduais e municipais do Estado de Goiás.
Túlio Henrique Pereira é um autor que também é professor de História, apaixonado por Literatura, Arte, e teorias acerca das identidades negras na constituição da população brasileira. Em busca de mais conhecimento e aficionado pela produção do saber, Túlio Pereira se graduou em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), e se tornou Mestre em Memória pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e, em seguida, recebeu a titulação de Doutor em História pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atualmente está a realizar estágio Pós-Doutoral em História do Brasil na Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Aos 23 anos foi convidado a publicar seu primeiro livro de poemas O observador do mundo finito (Scortecci). Em 2011, foi homenageado em Paris, França, na Jornada Internacional de Estudos Brésilienneté, subjectivités et corps: autour de la littérature de Túlio Henrique Pereira, oportunidade em que foram discutidas suas obras autorais, publicadas no Brasil e participações coletivas em antologias lançadas em Portugal.
A projeção de seu trabalho o levou a participar da segunda edição da antologia portuguesa Amante das leituras 2008 (Edium Editores), e consequentemente das antologias Amante das leituras 2009 (ADL) e Amante das leituras 2010 (Temas Originais) e, também, das antologias oficiais do Congresso Brasileiro de Poesia de Bento Gonçalves, RS: Poesia do Brasil vols. 9, 10, 11 e 13 (Grafite), e também do livro Poeta Mostra a Tua Cara (Grafite). As antologias do congresso são distribuídas anualmente em bibliotecas de escolas públicas do Rio Grande do Sul, com os fins de incentivar a leitura e difundir as novas expressões literárias da poesia brasileira.
Atos de Paixão (Giostri) é a segunda publicação inteiramente do autor, e foi lançada no mês de novembro de 2012. No mesmo ano Túlio Henrique, recebeu o convite para prefaciar a nova edição da antologia Amante das Leituras 2012 (Temas Originais) lançada na cidade do Porto em Portugal. A antologia também conta com o conto inédito Girândola.
Em novembro de 2017 lançou o terceiro livro autoral Nomes à margem, na 36ª Feira do Livro de Porto Alegre. No prefácio do livro, o poeta Ronald Augusto afirma: "Grosso modo, a épica pode ser definida como a poesia que contém história, contudo, a poesia de Túlio se interessa radicalmente pelo sinal de menos dos cenários épicos, se afeiçoa por aquilo que resta às margens da experiência em sociedade. É como se Túlio fosse um Homero cuja empatia estivesse menos relacionada a Odisseu do que aos seus remeiros." A obra tem o foco na causa negra e LGBT, de modo a também propor uma reflexão sobre a censura que vem atingindo a área cultural no país.
Possui participação enquanto poeta convidado na edição número zero da Revista de Poesia Ovo da Ema (2012), uma publicação da editora Escola de Poesia de Porto Alegre, com os poemas Arquétipo, Dissidência e Habitus. Na edição de número um da revista Ovo da Ema (2014), participou com o poema Colono; e na edição de número dois da revista Ovo da Ema (2016), participou também como convidado com os poemas O primeiro beijo, Final feliz, Concha e Alzira da Cruz e Souza, 28 anos, camareira...
Fonte da biografia: https://pt.wikipedia.org/
POETA, MOSTRA A TUA CARA. Vol. 6. XVII Congresso Brasileiro de Poesia. Org. Ademir Antonio Bacca e Cláudia Gonçalves. Bento Gonçalves, RS: Grafite, 2009. 256 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
AVESSO
Crio a lógica
abstraio códigos
convenço-me óbvio
busco sentidos
ideologizo
todos os dias
ENTRE FLORES E VENTO
Cuspo no dedo
Tato consumado
Sistema sentido
Desejo absurdo
Vejo no meio
Nome sem dono
Abandono triste
Epígrafe de fim
Durmo calado
Mais nada alimenta
Faço contendas
Espelham-se em si
Sugado surja
E vê o vento
Entrando no tempo
Perdido em mim
Página publicada em julho de 2020
|
