Fonte: Curriculo Lattes
ESTER ABREU VIEIRA DE OLIVEIRA
Possui graduação em Letras Neolatinas pela Universidade Federal do Espírito Santo – Vitória (1960), Especialização em Filologia Espanhola – Madri (1968) Mestrado em Lingua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Curitiba (1983), Doutorado em Letras Neolatinas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994) e Pós-Doutorado em Filologia Espanhola: Teatro Contemporâneo- UNED – Madri (2003). Atualmente é aposentada e Professor Efetivo – (Voluntari) da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES- CCHN- DLL-PPG Mestrado e Doutorado em EStudos Literários. Foi professora e diretora de Pesquisa e Pós-Graduação (DIPEPG) do Centro de Ensino Superior de Vitória. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Línguas Estrangeiras Modernas, com estudos sobre a poesia, o teatro e a narrativa das literaturas hispânicas e literatura brasileira. Pertence à Academia Espírito-santense de Letras, à Academia Feminina Espírito-santense de Letras, ao Instituto Histórico, Geográfico do Espírito Santo, Associação Brasileira de Hispanista, Asociación Internacional de Hispanista, à AITENSO.
Extraído de
POESIA SEMPRE. Número 28. Ano 15 / 2008. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2008. 246 p. Editor Marco Lucchesi. Ex. bibl. Antonio Miranda.
Mar e céu: louvor silencioso
Ao longe se veem
Barcos que levam a riqueza da terra
— Inquietos náuticos —!...
A brisa acaricia minha face
Fecho os olhos para sentir
O quadro divino.
Ampara as vagas inquietas
A placidez do azul.
Sob um céu de um límpido azul
Recortado de forte fortaleza
Desencadeiam as ondas do pélago profundo
Para cingir as pedras sisudas
De brilhantes colares.
O branco não paz
Intransparentes
caminham os cristais de gelo
sob o sol poente.
— Acumulados cumulus,
para onde vão?
Alvas figuras se agrupam,
movidas pelo vento,
encobrindo a vida
o verde, os rios, os montes,
as cachoeiras e
os homens que se agitam
e os que dormem...
Alvas, aos meus pés, cumulus
se movem unidos
reluzidos de luz
ocultando de meus olhos
as cidades e as ondulosas serras.
Gordas alvuras, aos meus pés,
não são gigantes, princesas,
nem... fantasiosos castelos de minha infância...
Receptáculos de água
que em manancial cairão
sob os sofridos pastos
ou sobre os dormidos rios,
que sobressaltados
estenderão suas vertentes
para as ruas, os quintais e as casas
para desespero do pobre homem,
que fazem nesse céu de Deus?
Eterno
Eterno — o PADRE — JEOVÁ,
o criador da vida eterna.
Eterno — o nascer e o renascer da vida.
Eterno — o mito que se renova.
Eterno — o (des)viver da primavera.
Eterno — o (des)recobrir
das caprichosas nuvens, em ritmo sereno,
as empinadas rochas.
Eterno — o brilho que resplandece
no estrelado céu.
Eterno — o segundo vivido eternamente.
Eterno — o tempo que se repete
nas horas e no dormir e acordar do sol.
Eterno — o pensamento, o sentimento, o sonho
que move a humanidade.
Mas até quando?...
Página publicada em setembro de 2018
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