RICARDO MOVITS
Cineasta, fotógrafo, artista plástico, poeta, escritor, compositor e produtor cultural, nasceu no Rio de Janeiro em 1965. Aos sete anos começou a fazer os primeiros desenhos e a estudar piano clássico. Seu primeiro prêmio nacional de pintura veio aos nove anos de idade, ao lado de grandes nomes da arte brasileira no “III Salão da Inconfidência”, realizado em Brasília em 1974, onde recebeu o primeiro lugar em desenho.
Formado em Letras e Tradução (Literatura Inglesa e Portuguesa, Latim e Espanhol) pelo CEUB, Movits é membro da ACADEMIA MAÇÔNICA DE LETRAS desde 1986, ocupando a cadeira número 18 e, em seu primeiro livro intitulado “Ponte Para o Invisível”, de 1987. É autor de várias peças teatrais e roteiros para cinema, teatro e televisão.
No campo da música, Ricardo Movits foi o precursor do estilo “New Age” no Brasil, ao lado do músico americano Paul Hallstein, nos anos 80 com o projeto “Bridge to the Invisible”. Movits & Hallstein foram os únicos músicos brasileiros, fora da comunidade britânica, convidados pela GAIA FOUDATION de Londres, a participar da rede internacional de concertos denominada THE GAIA SPRING CONCERTS NETWORK, onde lançaram o disco “Nova Era”, de 1990, com o show “Concerto da Nova Era” realizado na Sala Villa Lobos do Teatro Nacional.
No campo do teatro, Ricardo Movits foi um dos fundadores do Grupo Cena de Teatro onde trabalhou como diretor, roteirista, ator, cenógrafo, iluminador, sonoplasta e produtor.
No campo de cinema e televisão, Movits trabalhou no mercado de pós-produção em Los Angeles durante 10 anos com os principais estúdios cinematográficos. Ex: WALT DISNEY STUDIOS, PARAMOUNT PICTURES, WARNER BROS. INC., UNIVERSAL STUDIOS, HBO, THE DISCOVERY CHANNEL, THE DISCOVERY KIDS, SONY PICTURES, TNT CABLES, THE CARTOON NETWORK, CNN CABLE NEWS, UNIVISION, 20TH CENTURY FOX, NEW LINE CINEMAS, METRO-GOLDWYN-MAYER INC., entre outros.
No campo da fotografia, Ricardo Movits foi um dos fundadores do grupo Ladrões de Alma e participou de diversas exposições e lançamentos de coleções de postais.
Autodidata no campo das artes plásticas, Movits vem de uma família de artistas. Seu avô paterno, o fotógrafo Nicolas Alagemovits, Romeno naturalizado Brasileiro, dono do STUDIO NICOLAS – RIO. Depois de passar dois anos em Barcelona, Espanha, se especializando em pintura e restauração na Escola MASANA de Artes, Movits foi chamado para restaurar as pinturas do William Hart Museum, em Santa Clarita, Estados Unidos, destruído pelo terremoto de 1994.
Movits já realizou mais de 500 exposições no Brasil, Europa, Ásia e Estados Unidos e seus quadros integram vários acervos incluindo: Museu Britânico - Palácio de Buckingham (Londres, Reino Unido), NASA (São Francisco, Estados Unidos), Wilian Hart Museum (Santa Clarita, Estados Unidos), Pacific Design Center (Los Angeles, Estados Unidos), Aida Gallery (Barcelona, Espanha), MAB – Museu de Artes de Brasília (Brasília, Brasil), Museu da Casa Brasileira (São Paulo, Brasil), Legião da Boa Vontade – LBV (São Paulo, Brasil), Palácio da Cultura (Rio de Janeiro, Brasil), Congresso Nacional (Brasília, Brasil), entre outros.
Verdade de um Sonhador
O medo de ficar sozinho
Às vezes se acaba
Com um copo de vinho,
Às vezes começa
Com um trago a mais.
As pessoas que perdem os sentidos
Às vezes acordam
Em um mundo perdido,
Às vezes se perdem
Em um mundo de paz.
O segredo de todo o universo
É fumar da existência
A rima de um verso,
Beber da essência
O sumo do amor,
Embriagar nossa alma abatida,
Solucionar os problemas da vida
E acabar com a tristeza da dor.
As loucuras que nascem comigo
Às vezes transbordam
E vivem o perigo,
Às vezes se afogam
E vivem o terror.
Há lembranças de mundos passados
Às vezes loucura
De um embriagado,
Às vezes verdade
De um sonhador.
No segredo não existe resposta.
A verdade apenas nos mostra
Uma história que nunca acabou.
É a beleza
Dos contos de fadas,
É a riqueza,
Que se esconde calada
Na tristeza
De quem nunca sonhou.
O Acaso
As coisas não acontecem por acaso
O atraso pode ser a hora certa
Descobertas de amores esquecidos
Dão sentidos às razões de existência
Os encontros já não são coincidências
As vivências nos transportam pra razão
O clarão que hoje cobre o paraíso
É o aviso que renova a cada dia
A rebeldia de uma nova geração
Lembrança
Hoje em dia sou lembrança,
Mas já fui matéria e luz.
Já fui velho, fui criança,
Adorei espada e cruz.
Já morri, nasci mil vezes,
Aprendi e esqueci.
Fui semanas, anos, meses,
E nas horas me perdi.
Num vôo noturno eu descubro
Outros que voam também
Voam perdidos no rubro
Buscando o azul que não vem
Hoje o tempo não existe.
Como é difícil ser!
Um segundo ainda insiste
Em tentar sobreviver.
Quero a brisa no meu rosto
Quero o gosto do seu beijo
Eu desejo ser o oposto
De tudo que não mais vejo.
Estou perdido no vento
Voando sem direção
Buscando algum sentimento
Achando abrigo no chão
Ilusão
Alguns sonhos se perdem no tempo,
Onde o vento esqueceu de soprar.
Alguns anos não perdem o momento;
E, alguns homens, esquecem de amar.
Nossos olhos estão sempre abertos,
Estou perto de me enlouquecer.
Nossos sonhos, não são mais desertos,
E a miragem, ainda é você.
As areias me queimam de dia,
Geralmente as noites são frias,
E eu não posso partir, nem ficar;
Mas só peço, agora, ao meu Deus,
Nos desertos, que ainda são meus,
Um oásis, onde eu possa sonhar! |