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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



LURDIANA ARAÚJO

Professora, escritora, poetisa. Nasceu em Filadélfia, Estado do Tocantins. Radicada em Brasília há quinze anos, é formada em Artes/Teatro. Especialista em Arte-Educação e Tecnologias Contemporâneas. Pós-graduada em Arteterapia.

Vencedora do XXIII PRÊMIO INTERNACIONAL DE POESIA NOSSIDE 2007 em Reggio Calábria – Itália.

 

Livros publicados: Querido Mundo (poesia) 2005. Participou de diversas antologias.

Página pessoal: http://ideiaspoeticas.blogspot.com

Redatora do site Cerrado Poético – www.cerradopoetico.com.br

 

CÁLICE

Se o amor acabou,
traz-me o cálice
que finda esta vida,
transforma minha alma
nas flores, na lua.

Se o amor acabou,
acabou-se a lida.
Traz-me o cálice
sem despedida.

Esquece as juras
Sob a luz da lua,
esquece que minh’alma
desejava a tua.

Esquece o silêncio
na madrugada fria,
minh’alma partiu,
sem despedida
pra longe da tua.


VIDA

A vida é uma metáfora tão mágica,
Que confunde até o crepúsculo da aurora.
O segredo está em saber acreditar.
O pingo da chuva quando se lança
Do firmamento ao chão,
Não é um suicida,
É um aventureiro
Em busca do mar.



SAUDADE

 

A saudade é uma flecha doída

Corta o peito, deixa a alma traída,

Nem mesmo as mágicas do tempo

Selam esta ferida.

 

Tece as rendas do tempo em nossa face

Nos escraviza, nos minimiza, tira da gente

O melhor da vida.

 

 

FOGUEIRA

 

Coração, deixa de besteira,

O amor é apenas uma fogueira

Queima a alma inteira.

 

Como fogo na lareira

Vai nos queimando como madeira

Nos consumindo a vida inteira.

 

É uma chama traiçoeira

Quer nos sufocar, apedrejar,

Aniquilar.

 

Nunca tente pular esta fogueira

Uma ferida corta a carne quer não queira,

E nos aprisiona nesta chama traiçoeira.

 

É inútil relutar, nem mesmo nossas cinzas,

Conseguem se libertar de alguma maneira.

O amor é apenas uma fogueira, chama traiçoeira.
  

MEU VÍCIO

Alucinação,
Loucura,
Palavra fria,
Ternura.

Foi se o tempo
Do meu ócio,
Desejar não posso.

Estou aprisionado
No meu vício,
Já quase não existo.

Fraquejante
Eu desisto,
Não da vida,
Do meu vício.

Esta paixão suicida
Que fiz de abrigo
Roubou-me a vida.

 

Página publicada em julho de 2008

 




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