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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JONAS PESSOA

 

Jonas Pessoa do Nascimento é cearense, professor,
licenciado em português e Inglês.
Poeta, autor dos livros: "O Grito" (clubedeautores.com.br, 2010), "Pedaços da Existência" (clubedeautores.com.br, 2013), “Palavras Trocadas” (clubedeauores.com.br, 2015), “Faces da (in)diferença” (clubedeautores.com.br, 2016), “Lamentos” (clubedeautores.com.br, 2017), “Chão partido” (Editora Kazuá, 2018).
Prêmios: Prêmio José Sarney de poesia – Fundação da Memória republicana – 1993, Prêmio Amazônia de literatura 2018.
O poeta também publicou diversos poemas em coletâneas nacionais.

 

 

DISCRIÇÃO

 

O silêncio é meu idioma,    

na calmaria dos prados,

contemplo o rosto das coisas.

Ando sorrateiro,

transitório,

gosto de estar quieto,

dissolvido como a névoa

no calor do sol.     

As extensões de mim

são labirintos onde me oculto

na clarividência das estrelas,

sobre a sombra da noite.               

Cada dia uma história,
esta de hoje é feita

com o silêncio de mim.

 

        Poema do Livro Chão Partido vencedor do I Prêmio
Literatura do Amazonas 2018.

 

 

PROCRASTINAÇÃO

 

 

Na voçoroca do mesmo lugar comum,

o amor esbarra na pedra.

A ponta do punhal

levanta a tampa da lata

e liberta a ausência de sonhos.

Tudo o que se deseja

fica sempre para mais tarde.

O inferno, para essa gente,

deve estar no silêncio do tempo.

O pó, sobre a mesma roupa cansada,

é o despejo do vento seco -

atiçado com assovio dormente.

Talvez um amigo morra amanhã,

as coisas começam sempre assim:

primeiro se morre para depois

estatuir-se o remédio que falta.

 

 

 

 

        PARTIDA

 

Parte o lotação.
Vidas em pé.
Mãos se esbarram.
Pouco espaço; é preciso
manter-se em pé.
Não fossem os filhos
talvez se dormisse
amanhã, o dia... a noite inteira.
Além da janela,
pessoas caminham,
cansadas, arrastando a cruz
sem despir-se
dos fardos da vida...
Dia frio, acinzentado.
no lotação, o aquecimento
é de dramas sociais.

 

 

 

 

AÇO CRU

 

Velho esmeril,
carcomido,
vencido no afiar
das esperas
escaldadas
sob os muxoxos
deglutidos
nas bocas fechadas.
Vem a primavera
colorida,
sem tingir o ensejo
de perfumar os dias
de luta invencível.
Sob a telha crua,
mais um dia
sem data.


 

Página publicada em novembro de 2019

 


 

 

 
 
 
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