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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

ZILMÉRICO RIBEIRO

 

 

HERA 1972-2005.  Antonio Brasileiro et al.. organizadores.  Salvador, BA: Fundação Pedro Calmón; Feira de Santana, UFES Editora, 2010.  712 p.  fac-símile. ilus. (Memória da Literatura Baiana).  ISBN 978-SS85-99799-14-7  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

       INTEGRAÇÃO

 

        1       

Dirás ao universo os teus segredos.
O universo rirá com tuas queixas
e copiará teu corpo nas estrelas
onde irá esperar-te, enternecido.

Ao fugires de ti eu sentirei
o silêncio dos astros no teu corpo;
mas quando descobrir, nesse silêncio,
que tua alma fugiu para as estrelas,

de noite crescerá minha revolta.
Eu me dividirei pelo infinito,
entre os abismos ficarei disperso,

e logo te acharei, eterna e em mim:
a tua alma encarnada nas estrelas,
e minha alma encarnada no universo.

 

2

Sim, estarei presente no teu beijo.
Meus lábios correrão a tua pele
e eu bendirei o incêndio de teu corpo
na carne de meus braços de universo.

Teu nome queimará a minha voz;
por isso irei lançá-lo como sol
sobre o gelo dos astros esquecidos.
As distâncias em mim se inflamarão

e os astros chisparão com tal violência
que através das galáxias e do tempo
meu sangue explodirá em tuas veias.

Quando mundos surgirem de meus poros,
no cansaço de criar descansaremos.
A vida brotará desse cansaço.

 

3

 Os mundos ideais terão meu fôlego.
Mergulharei as mão em teu silêncio
povoando de mim os seus abismos,
e sonharei.

O tempo a recortar-se entre meus dedos,
e meus gestos cobrindo os horizontes
na exaustão de fundir a eternidade
num punhado de instantes, sonharei.

Que refervam maus sóis ou se espiralem
no inferno da distância as nebulosas,
é chegado meu Sonho:

No embalo ríspido
dos mundos ideais, úmida e sempre,
a vida brotará sem conhecer-se.

 

4

Quando o assédio da vida, o grande assédio
da vida insinuando-se em silêncio,
possuir nossos mundo,
cantarás.

Seres fluirão de frestas já perdidas,
para a posse da luz. Reminiscências
de formas e de lutas necessárias
fecundarão o ar de onde brotaram

os pântanos primevos, cantarás.
Tempestuem-se os mundos, as idades,
até que a vida em surto se descubra

no espanto de saber-se.
E ouvirei o teu canto como aquele
que há de embalar meu Sonho pelo tempo.

 

Página publicada em dezembro de 2018


 

 

 

 
 
 
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