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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

FRANCO VAZ

 

MÁRIO FRANCO VAZ nasceu na cidade do Salvador, na Bahia, aos 6 de março de 1879. Poeta, jornalista, educador e estudioso dos problemas de preservação da infância desvalida, tinha o curso de agrimensor pelo Colégio Militar e cursou a Escola de Guerra, da qual foi excluído em 1898, com outros colegas, implicados num movimento sedicioso. Redator e colaborador do "Jornal do Comércio", d´A Imprensa" e d'"0 País", deixou, inéditos ou publicados na imprensa, numerosas poesias, crónicas, teses, ensaios de criminalística e pedagogia, contos e um romance. Fundou e dirigiu as revistas Educação e Pediatria (1913-17) e A Crítica (1925), a primeira em colaboração com o Dr. Álvaro Reis. Prefaciou o livro de versos de Theoderick de Almeida. Sonhar..., publicado em 1924. Foi ainda secretário da Escola 15 de Novembro (1903 a 1905) e depois diretor, cargo em cujo exercício faleceu, aos 29 de setembro de 1925.

Bibliografia: — "Címbalos", versos, 1902; "A Infância Abandonada", 1905; "O Problema da Infância", 1917; "O Culto à Bandeira", 1919; "Ideias e Emoções", 1920, e "Anseios e Clamores", 1924.

 

 

REZENDE, Edgar.  O Brasil que os poetas cantam.  2ª ed. revista e comentada.  Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos, 1958.  460 p.  15 x 23 cm. Capa dura.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

TERESÓPOLIS

I

 

O Dedo de Deus

Aspérrimo e escalvado monolito,
Que aponta ao céu, como um clamor de pedra,
Duro, escarpado, esguio, onde não medra
Uma árvore, uma flor, ermo e proscrito;

 

Que para a altura se ergue e se levanta
Qual dolorosa súplica de aflito
E, indicando os mistérios do Infinito,
Aos homens como que intimida e espanta!

Trágico e amargo apelo de granito
Que a natureza lança ao firmamento,
Dor da montanha, a culminar num grito,

Implorando à Suprema Divindade,
Numa ânsia, numa prece de contrito,
Perdão para esta pobre Humanidade!

 

 

 

            II

 

O Paquequer 

 

Como doces carícias sobre a areia,
Leves murmúrios, surdas cantilenas,
O Paquequer desliza e serpenteia,
Entre seixos e musgos e açucenas.

 

E, ora amoroso, se espreguiça e enleia
E, de águas transparentes e serenas,
As margens beija, ora, a rugir, se alteia,
Cheio de iras, de cóleras e penas...

 

Voluptuoso e vário, tem ternuras
E, em pouco, se revolta e se enraivece
Para, outra vez, encher-se de doçuras...

 

E, volúvel assim, ora parece

Um louco, a despenhar-se das alturas,

Ora, sereno, como que adormece...

 

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2019

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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