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MARIA DA GLORIA BARBOSA
Maria da Gloria Lima Barbosa nasceu em Camaçari (BA), em 13 de junho de 1955. Veio para Brasília em 1962. Dipl. em Relações Internacionais, licenc. em Letras (Língua Portuguesa e Literatura). Professora, analista judiciária do TST, revisora de textos jurídicos. Pert. à Associação Nacional de Escritores. Colab. em periódicos. Detentora do Prêmio Bolsa Brasília de Produção Literária, ensaio, 2002; e do Prêmio Concurso Literário Raquel de Queiroz, 2004, Sinjus. Partic. de Poesia – antologia de poetas selecionados no TST; Poesia de Brasília, 1998; Poemas para Brasília, 2004, ambas org. de Joanyr de Oliveira; Poemas, crônicas & contos, 2004, Sindjus; Todas as gerações – o conto brasiliense contemporâneo, 2006, org. de Ronaldo Cagiano; ANE – cinquenta anos, 2013, org. Napoleão Valadares. Bibl.: De um monte de tempo, 1982; Sinais de vida, 1992; Pentagrama poético, 2001; O cristal e a chama, 2002; De asas, espelhos e princesas, 2007.
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VOZES NA PAISAGEM. Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos. Organizador: Waldir Ribeiro do Val. Edições Galo Brando. Rio de Janeiro, 2005. 138 p. ISBN 978-85-858627-690- 1. Inclui 55 poetas de todo o Brasil que, em sua quase totalidade, colaboram na revista Poesia para todos. Ex. bibl. Antonio Miranda
DESCARTÁVEL
A carne me devora gulosa
Enquanto o espírito me persegue em prantos.
UNVERSIDADE DE BRASÍLIA
Apesar das aulas de cálculo,
das análises sintáticas,
uma mulher regas as plantas do jardim:
Que ligação misteriosa ela tem com a vida?
Apesar das salas de aula,
dos horários e das teorias,
os bebês crescem nas barrigas
(cultas ou incultas)
e explodem irreverentes
num dia qualquer.
E apesar das dissertações
das teses e antíteses,
as buganvílias insistem em florescer,
doídas de vermelho,
bem na porta da biblioteca.
FEMININA
Só Deus me entende assim anêmona
cabelos correndo rios
adormecendo mar
brilhando pérolas em conchas secretas
água-viva mansa
receptáculo e espera.
Página publicada em julho de 2020
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