ALOISIO DE CARVALHO
LULU PAROLA
(1866 – 1942)
Aloísio Lopes Pereira de Carvalho, mais conhecido como Aloísio de Carvalho, jornalista e escritor baiano, nasceu em Salvador no dia 27 de março de 1866.
Sua carreira de escritor e jornalista, começou cedo, ao lado de Xavier Marques (1861-1942), no “Jornal de Notícias”, do seu cunhado, Carlos Morais. Com o encerramento das atividades deste jornal, passou a colaborar no vespertino “A Tarde”, recém-fundado por Ernesto Simões Filho. Foi redator do jornal “A Tarde”, até seu falecimento.
Foi, também, radialista, apresentando o programa “Conversa Fiada”, na Rádio Sociedade da Bahia.
Em 1920 foi eleito deputado estadual pelos seabristas..
Pertenceu a Academia de Leras da Bahia, da qual foi fundador..
A produção literária de Aloísio Lopes de Carvalho, que utilizou o peseudônimo de Lulu Parola, é tema de pesquisa da doutora em Letras e Linguística pela Universidade Federal da Bahia, Alena Oliveira Freitas. A pesquisadora reuniu as publicações de Aloísio de Carvalho, de 1891 a 1919, publicadas na coluna literária “Cantando e Rindo”, dos periódicos “A Tarde” e “Jornal de Notícias” de Salvador. Várias passagens da vida da cidade são abordadas, inclusive as referentes às reformas urbanas que mudaram Salvador no período de 1912 a 1916. Esta fase corresponde a época em que vários episódios marcaram a vida da Bahia e do Brasil. Destes eventos o mais importante foi a Proclamação da República.
Aloísio de Carvalho faleceu em Salvador, no dia 2 de fevereiro de 1942.
Foto e biografia: http://ilustresdabahia.blogspot.com/
ADESÃO
Eu adiro, tu aderes, ela adere.
Todos nós aderimos prontamente,
a questão é ficar comodamente,
sem perder os proventos que se aufere.
O que se fez, está feito. Derramar
sangue, por causa disto, é insensatez,
desde que, para mostrarmos altivez,
basta a prosa da sala de jantar.
Quem tem mulher e filhos, meu amigo,
não ser prejudicado ao mais prefere,
Vir pra rua brigar — não é consigo;
em conflitos assim não interfere;
por isso, nos momentos de perigo,
eu adiro, tu adere, ele adere.
Página publicada em junho de 2020
|