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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

HUMBERTO GOMES DE BARROS

 

Nasceu em Maceió, Alagoas, em 1938. Formado em Direito pela antiga Universidade do Brasil. Veio para Brasília na época da inauguração e chegou a ministro do Supremo Tribunal de Justiça.

 

BARROS, Humberto Gomes de.  Usina Santa Amália. A saga do coronel Lauretino Gomes de Barros.    Ilustrações Ênio Lins, Fernanda Villela, Hercules Mendes, Rubem Wanderley e Tânia Pedrosa.  Brasília: Edições Dédalo, 2001.  174 p.  ilus.  14x21 cm.  Impresso pela Nossa Cidade Editora.   ISBN 85-88256-04-5     Col. A.M. 

 

XXII - PAU-DE-SEBO

 

Mastro esguio

Alto e linheiro

Põe-se altaneiro

Em pleno terreiro

 

Das galhadas

Foi desbastado

Depois lixado

E com muito sebo

Bem engraxado

 

A dez metros

De sua altura

Pequena haste

Está fincada

Com a figura

De Santo António

Lá retratada

 

Pouco acima

Metro e meio

É de São João

O galardão

 

Lá na ponteira

Sobranceira

De São Pedro

Eis a bandeira

 

Dos pavilhões

Pendem papéis

De um cruzeiro

Que corresponde

A um mil-réis

 

Quem conseguir

Subir até lá

Será o dono

De cada nota

Que resgatar

 

Da meninada

O dinheiro exposto

Desperta cobiça

E ânimo atiça

 

Subir não é fácil

O corpo se abraça

Aperta as pernas

Mas nem um metro
Ele se alça

 

O esforço é vão

O sebo liso

Mais que sabão

Derruba o corpo

A bunda coitada

Bate no chão

 

Igual a crentes

Em ritual

Os contendores

Rolam no solo

A se espojarem

Como o faz

Um animal

 

Nos troncos e pernas

Braços e mãos

Cumprindo o rito

Esfregam areia

Para causar

Algum atrito

 

Da plateia

Grita a torcida

Com emoção

Força Tonhesa

Acocha as pernas

Segura a mão

 

Paulo Palmeira

Chega primeiro

De santo António

Pega o dinheiro

 

Silvério Veínho

Vai a São João

Tonho Almeida

Atinge o cimo

De São Pedro

Pega o dinheiro

E põe na mão

 

Do pau-de-sebo

O jogo chega

A justo fim

Os vencedores

Corpos breados

De areia e barro

Saem a correr

Pró Tabuleiro

De Dona Artêmia

Vão lá gastar

Todo o troféu

Em jinjibirra

E alfenim

 

 

XXIX - LACO-PACO

 

Abra e despeje

Na urupema

Uns três ou quatro

Maracujás

E o sumo todo

Logo esprema

 

Coloque o suco

Numa tigela

agora adoce

 

Mas de açúcar

Um pouco só

Já é bastante

 

Uma garrafa

Cheia de pinga

Derrame agora

 

E mexa tudo

Por um instante

 

O laco-paco

Já está pronto

Pode tomar

Que a boca adoça

Livra da gripe

Ajuda quem dança

A manter a sustança

Pode crer
São João vai gostar
É agradecer

 

 

 

 

Página publicada em março de 2013

 


 

 

 
 
 
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