DANIELA SAIDMAN
(Ciudad Guayan, Estado Bolívar, 1077) Poeta. Realizó estúdios de Letras en la Universidad de Los Andes, há publicado XXXI Hojas de Otoño. Es articulista en diversos médios de conunicación impresa y digitales del estado Bolívar.
TEXTOS EN ESPAÑOL / TEXTOS EM PORTUGUÊS
De
Daniela Saidman
América y otros cafés
Caracas: El Perro y la Rana, 2007.
64 p. (Breves ediciones)
TIJERAS
Me gustaba cuando el cabelo
resbalaba sobre la espalda
claro, que de tantas ausências
huelo a sol
confundida con la aridez
impregnada em las hebras
soy sobreviviente de las tijeras
VOCES
Sin nombre y sin América me desdibujo
desnuda sobre las sábanas
de un hombre com manos de guayaba
y rostro de cemento
me tendo sobre las humedades
que le han sobrado al verdo
y respiro mientras sueño los passos de barro
canela especies tabaco azúcar muerte...
GANAS
Un café en mitad de la noche
un estornudo venido desde el rocío
una mañana conmovida por el abrazo
um sorbo alcoholizado de nostalgias
tu beso sobre el abismo de mi boca
Un chocalate a medias
y la certeza del amor sobre la almohada
TREGUAS
permito un instante de trégua
un silencio sobre el imaginário de tu cuerpo
tu sexo derramado de presentes
sin prognósticos ni dudas
y sin más futuros que algún insominio desdibujado
en el cielo raso de nuestras ausencias
===========================================
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda
TESOURAS
Gostava quando o cabelo
resvalava pelas costas
claro, que de tantas ausências
cheiro a sol
confundido com a aridez
impregnada nas linhas
sou sobrevivente das tesouras
VOZES
Sem nome e sem América me desdesenho
despida sobre os lençóis
de um homem com mãos de goiaba
e rosto de cimento
me estendo sobre as unidades
que sobrou dele do verde
e respiro enquanto sonho os passos de barro
canela espécies tabaco açúcar morte
DESEJOS
Um café no meio da noite
um espirro vindo do orvalho
a manhã comovida pelo abraço
um sorvo alcoolizado de saudades
teu beijo no abismo de minha boca
Um chocolate pela metade
e a certeza do amor na almofada
TRÉGUAS
permito um instante de trégua
um silêncio sobre o imaginário de teu corpo
teu sexo derramado de presentes
sem prognósticos nem dúvidas
e sem mais futuros que alguma insônia desdesenhada
no céu raso de nossas ausências
Página publicada em abril de 2011
|