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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ALICE VIEIRA

 

 

Alice de Jesus Vieira Vassalo Pereira da Fonseca
 (
Lisboa, 20 de março de 1943) é uma escritora e jornalista profissional portuguesa.

 

Com os pais originários de uma aldeia de Lapas em Torres Novas, Alice Vieira nasceu e viveu em Lisboa. Na infância, dos 4 aos 14 anos, passou os verões nas Termas de Caldelas. Frequentou o Liceu D. Filipa de Lencastre. Alice Vieira licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Dedicou-se desde cedo ao jornalismo, tendo trabalhado nos jornais "Diário de Lisboa" (onde, juntamente com o seu marido, o jornalista e escritor Mário Castrim, dirigiu o suplemento "Juvenil"), "Diário Popular" e "Diário de Notícias" e colaborou durante muitos anos com a revista "Activa" e o "Jornal de Notícias".

Após o início da relação com Mário Castrim, Alice mudou-se para o "Diário Popular" para evitar conflitos de interesse. Desta relação, que durou até à morte de Castrim em 2002, tiveram dois filhos: a jornalista e escritora Catarina Fonseca, e André Fonseca, professor universitário.

Atualmente colabora na revista "Audácia", dos Missionários Combonianos e no "Jornal de Mafra" on-line.

Trabalhou em vários programas de televisão para crianças e é considerada uma das mais importantes escritoras portuguesas de literatura infanto-juvenil.

As suas obras foram traduzidas para várias línguas, como o alemão, o búlgaro, o espanhol, o galego, o catalão, o francês, o húngaro, o holandês, o russo, o italiano, o chinês, o servo-croata e o coreano.

A 7 de Março de 1997 foi feita Comendadora da Ordem do Mérito e a 17 de Novembro de 2020 foi feita Grande-Oficial da Ordem da Instrução Pública.

Veja biografia completa e bibliografia em: https://pt.wikipedia.org/  

 

 

O PRISMA DE MUITAS CORES. Poesia de Amor portuguesa e brasileira.    Organização Victor Oliveira Mateus. Prefácio  Antônio Carlos Cortes.  Capa Julio Cunha.  Fafe: Amarante: Labirinto, 2010  207 p.      Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

Poema 14

 

 

Toma-me ainda em tuas mãos e
não perguntes nada

nem sequer dês um nome aos gestos que se abrigam como um fruto uma promessa um murmúrio
nas fogueiras ateadas em junho

 

juro que vou escolher palavras que não doam parecidas com as que sempre encontrava
nas camas em que tantas vezes te enterrei
por dentro do meu corpo

 

toma-me ainda em tuas mãos eu sei que
temos pouco tempo que não queres
inventar novos ardis para um desamor tão velho
mas vais ver

o mundo é apenas isto    e para isto

não procures nenhuma filosofia redentora

porque tudo é no fim de contas tão banal

 

podes por isso começar a refazer a estrada que
te levava ao centro dos meus dias e esperar
que eu chegue com um retrato desfocado nas mãos
na hora certa de abrir para ti as minhas veias

 

 

 

 

 

 

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Página publicada em janeiro de 2021


 

 

 
 
 
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