Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: google

HOMERO ARIDJIS


Homero Aridjis Fuentes (Contepec, Michoacán; 6 de abril de 1940), es un poeta, novelista, activista ambiental, periodista y diplomático mexicano reconocido por su independencia.

 

ARIDJIS, HomeroDiario de sueños.   México, DF: Fondo de Cultura Económica, 2011.   151 p.  (Colec. Poesía)  15x23 cm.  ISBN  978-607-16-0552-8   Col. A.M.

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

ÚLTIMO DÍA DEL AÑO EN LA IGLESIA HELADA

 

Es la última noche del año,

mi padre y yo vamos a la iglesia helada

a dar gracias a Dios por habernos dado vida y nada.

 

Él y yo nos quedamos parados a la entrada

delante de la estatua de la virgen desolada.

El mundo acaba.

 

Los rebozos de las mujeres huelen a tela mojada.

Unas cuantas luces están prendidas.

El resto en la penumbra nada.

 

Nadie celebra nada.Sólo la melancolía recorre

 

la nave de la iglesia helada.

 

 

México, 31 de diciembre de 2006, basado en el recuerdo de una

visita de mi padre y yo, niño, el último día del año a la iglesia

de Contepec

 

 

ÁMALA TÚ

 

Ámala tú,

porque si no él la amará

hasta el fondo de sí misma.

 

Apriétale los pechos tú,

hasta que le salgan como pasta

de dientes los recuerdos del otro.

 

Ámala con fuerza tú

en las alcobas de todas las ciudades,

si no él fatigará en su cuerpo todos sus delirios.

 

Exprímele el jugo tú,

hasta que la dejes como un bagazo,

si no él te engañará en sus brazos.

 

 

Nueva York, 22 de noviembre de 2004

París, domingo i de marzo de 2009

 

 

ESPEJO RETROVISOR

 

Por el espejo retrovisor,

ella se va quedando atrás.

 

Por la luna del espejo,

ella, inmóvil, se aleja.

 

Su cuerpo se pierde

en el pozo horizontal de la calle.

 

Sin proferir palabra me llama,

sin levantar la mano me dice adiós.

 

Las avenidas se la llevan lejos,

la vida viene en sentido contrario.

 

En cinco minutos o en cinco calles,

ella desaparecerá en el vacío.

 

Porque en el espejo retrovisor,

el olvido está más cerca de lo que parece.

 

París, martes-miércoles 10-11 de junio de 2008;

domingo i de febrero de 2009; viernes i de enero de 2010

 

 

 

EL MUERTO, TU MUERTO

 

El muerto, tu muerto,

no yace en su tumba,

está dentro de ti;

tu muerto, mi muerto,

anda entre tú y yo;

su rostro es un retrato interior,

una sombra que es una piedra de molino,

una ausencia que no se mide por los zapatos que dejó,

ni por los ojos vacíos en una foto,

ni por el tamaño del abismo que heredó;

el muerto, tu muerto

no está aquí ni allá,

es una pantalla negra

un vértigo en la calle,

y un saco vacío.

 

 

 

HUITZILOPOGHTLI

 

Su ojo,

un sol apagado.

 

Su rostro,

una oscuridad azul.

 

Su mano,

una desgarradura helada.

 

Su cuchillo,

un colibrí violento.

 

Mi corazón,

un órgano huérfano de dios,

 

París, miércoles j de agosto de 2009

 

 

SOMOS HIJOS DE DIOSES CRUELES

 

Somos hijos de dioses crueles.

De nada sirve ver sus pirámides derruidas.

Aún no se desvanece la sangre en sus altares.

Aún sus manos asfixian nuestros sueños.

 

Su imagen está grabada en la piedra.

Sus espectros andan en nuestras ciudades

vestidos de sicarios. Al fondo de la pesadilla,

nos aguardan con sus puñales negros.

 

Aunque se vayan de esta tierra a otra tierra,

volveremos a procrearlos, ellos volverán a emerger

de nuestro adentro, atroces, despiadados,

llevando nuestro rostro. Somos padres de dioses crueles.

 

París, martes 6 de octubre de 2009

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda

 

ÚLTIMO DIA DO ANO NA IGREJA GELADA

É a última noite do ano,
meu pai e eu vamos à igreja gelada,
para agradecer a Deus por haver-nos dado vida e nada.

Ele e eu ficamos parados na entrada
diante de uma estátua da virgem desolada.
É o fim do mundo.

As mantilhas das mulheres exalam tela molhada.
Umas quantas luzes estão acesas.
O resto mergulhado na penumbra.

Ninguém celebra nada.
Apenas a melancolia percorre
a nave da igreja gelada.

México, 31 de dezembro de 2006, baseado na lembrança de uma visita com meu pai, eu ainda menino, no último dia do ano à igreja de Contepec.

 

AMA-A TU

Ama-a tu mesmo,
porque se não a amará
até o fundo de si mesma.

Aperta seus seios, tu mesmo,
até que brotem como pasta
de dentes as lembranças de outro.

Ama-a com força tu mesmo
nas alcovas de todas as cidades,
se não ele fatigará em seu corpo todos os delírios.

Espreme o suco tu mesmo,
até que a deixes com um bagaço,
se não ela ate enganará em braços.

 

N. Y, 22 de novembro de 2004.
Paris, domingo 1 de março de 2009.

 

ESPELHO RETROVISOR

Pelo espelho retrovisor,
ela vai ficando para trás.

Pela lua do espelho,
ela, imóvel, se afasta.

Seu corpo se perde
no poço horizontal da rua.

Sem proferir palavra me chama,
sem levantar a mão me diz adeus.

As avenidas levam-na para longe,
a vida vem em sentido contrário.

Em cinco minutos ou em cinco ruas,
ela desaparecerá no vazio.

Porque no espelho retrovisor,
o olvido está mais perto do que parece.

Paris, quarta-feira 10- 11 de junho de 2008, domingo 1 de fevereiro de 2009, sexta-feira 1 de junho de 2010.

 

O MORTO, TEU MORTO

O morto, teu morto,
não jaz em seu túmulo,
está dentro de ti,
teu morto, meu morto,
está entre nós dois,
seu rosto é um retrato inteiro,
uma sombra que é um pedra de moinho,
uma ausência que não se mede pelos sapatos que deixou,
nem pelos olhos vazios numa foto,
nem pelo tamanho do abismo que herdou;
o morto, teu morto
não está aqui nem lá,
é uma tela negra,
uma vertigem na rua,
e um saco vazio.

 

HOITZILOPOCHTLI

Seu olho,
um sol apagado.

Seu rosto,
uma escuridão azul.

Sua mão,
 um desprendimento gelado.

Seu punhal,
um colibri violento.

Meu coração,
um órgão órfão de deus.


Paris, quarta-feira 5 de agosto de 2009.

 

SOMOS FILHOS DE DEUSES CRUÉIS

Somos filhos de deuses cruéis.
De nada server ver suas pirâmides carcomidas.
Ainda não se esvai o sangue em seus altares.
Ainda suas mãos asfixiam nossos sonhos.

Sua imagem está gravada em pedra.
Seus espectros andam por nossas cidades
vestidos de sicários.  No fundo do pesadelo,
aguardam-nos com seus negros punhais.

Embora migrem desta para outras terras,
voltaremos a procriá-los, voltarão a emergir
de dentro de nós, atrozes, impiedosos,
ostentando nosso rosto. Somos pais de deuses cruéis.

Paris, terça-feira, 6 de outubro de 2009.

 

 

Página publicada em março de 2014

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar