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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


ENRIQUE NORIEGA

Fonte: www.literaturaguatemalteca.org  

ENRIQUE NORIEGA

Nasceu na Guatemala em 1949. Dirigiu várias oficinas de poesia e publicou alguns livros sobre criação literária. Realizó estudios de Literatura en la USAC de Guatemala y en la UNAM de México.

Livros de poesia: Oh, banalidad (1975), Post actus (1960), La pasión según Judas (1990_), Libreta del centauro copulante (1994). 

TEXTO EN ESPAÑOL  / TEXTO EM PORTUGUÊS
 

 

Extraído de 

POESIA SEMPRE – Revista Semestral de Poesia – Ano 2  Número 3 – Rio de Janeiro Fevereiro 1994 - Fundação Biblioteca Nacional. ISSN 0104-0626  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

COMO UM VIEJO OSO HORMIGUERO

Sabés darte por atrás mostrando
De entrada tu vasto campo de margaritas
N itus anttiguas estrias interfieren
Ni tu edad nunca sería tanta para romper
La borrasca de tu llamado
Sabés entregarte por atrás absorber con una
Sed insaciable la rigidez del sexo
Qué suaves son tus nalgas y abajo
Hacia las sábanas como entre espuma gime tu vulva
La fragilidad de tu cintura entonces
Se adueña de mis ojos
Ahí tu cuerpo fractura el movimiento
Y se llega al fondo de vos
Chapoteando como la quilla en la mar inquieta
Sin pensamiento alguno
Sin noción de tiempo
Y ya para después sólo a momentos te darás
Cuenta de mis piernas abrazantes
De mis labios de mi lengua de mi boca en la batalla
Próximos a un estertor a una involuntária contracción de piernas

Bajando o subiendo de tu preciado vientre hasta paralizarmos
He sido yo que como um Viejo Oso Hormiguero
Se há prendido a la dulzura viscosa de tu ostra
A aquel bullir de espumas que llamaba sin más
Hambre que la del deseo consumado

Post actusd

Quedarás en reposo hacia el silencio
Junto a tus lábios mi sexo derramado y viendo
Com la mirada de un animal muerto

 

XII FESTIVAL DE POESIA DE GRANADA, NICARAGUA, 2016.  14  al 20 de Febrero de 2016. Memoria poética. 105 poetas, 50 países.  Managua: 2017.  186 p.

en verdad la luz nunca nos abandona
así el cielo en titánica negritud esté pronto al diluvio
así la noche parezca hocico de víbora engullente
y como imposible entonces el alba

en verdad la luz nunca nos abandona
pues como parpadeo de astro lejano
la flor de hielo en el cristal de la ventana anuncia
a la flor que se gesta en la tierra bajo la nieve

 

 

 

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TEXTO EM PORTUGUÊS

Tradução de Antonio Miranda

 

 

COMO UM VELHO URSO FORMIGUEIRO

Sabes dar por atrás mostrando
De entrada teu vasto campo de margaridas
Nem tuas antigas estrias interferem
Nem tua idade jamais seria tanta para romper
a borrasca de teu chamamento
Sabes entregar-te por atrás absorver com uma
Sede insaciável a rigidez do sexo
Que suaves são tuas nádegas e embaixo
Dos lençóis como entre espuma geme tua vulva
A fragilidade de tua cintura então
Toma posse dos meus olhos
Aí teu corpo fratura o movimento
E chega até as tuas entranhas
Umedecendo como a quilha do mar inquieto
Sem pensamento algum
Sem noção de tempo
E no sucessivo apenas por momento te darás
Conta de minhas pernas envolventes
De meus lábios de minha língua de minha boca na luta
Próximos de um estertor a uma involuntária contração de pernas

Descendo ou subindo de teu desejado ventre até paralisarmos
Venho sendo como um Velho Urso Formigueiro
Atraído pela doçura viscosa de tua ostra
Àquele ferver de espumas que clamava sem mais
Fome do que o prazer consumado

Post actus

Restarás em repouso até o silêncio
Junto de teus lábios meu sexo estirado e vendo
Com o olhar de um animal abatido

 

 

 

em verdade a luz nunca nos deixa
quando o céu em titânica negritude esteja pronto
                                                         para o dilúvio
quando a noite pareça focinho de víbora engolidora
e como impossível então o alvorecer

         em verdade a luz nunca nos deixa
         pois como um piscar de astro distante
         a flor de gelo no cristal da janela anuncia
         à flor gerada na terra debaixo da neve.

 

 

 

Página publicada em novembro de 2008; ampliada em março de 2017



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