Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



GERMAN CUERVO

Nació en Cali, Colombia, en 1950.  Poeta, narrador y pintor. Estudió publicidad em la Universidad Jorge Tadeo Lozano. Ha obtenido vários garlardones por sus cuentos y novelas.  

TEXTOS EN ESPAÑOL TEXTOS EM PORTUGUÊS
 

LA BROCHA DEL PINTOR

 

Soy triángulo isósceles y vengo pontiagudo

con una de mis aristas he hecho daño a alguien

ya lo sé       no me lo ripitan

por eso lo digo en voz alta

¡soy triángulo isósceles y vengo puntiagudo!

vengo rompiendo hielos

rompo lo que se tiene que caer

quemo lo que ya va en cenizas

es mejor acabar con el mal de raíces

como dicen los pintores de paredes

lo que se va a caer que caiga

esta pared está enferma

por más que pinte encima de Ella

todas mis mejoras se van a caer

mi naturaleza es la del geométrico pintor

soy triângulo isósceles

y tumbo

lo que se va a caer

 

 

EL SOFÁ

 

De casualidad he visto outra vez el sofá

en un mercado de pulgas

mal acomodado y para la venta

una deprimente tarde de festivo

viejo sofá ¡qué impresión

                   me da verte!

¿cuántas veces?

fueron tardes de sofá

vespertinas de sofá      noches de sofá   vino y música

                                      en tus lomos vi las estrellas

 

¿te acuerdas de Ella      su falda de cuadros?

(que terminaba encima del televisor)

su bufanda     su pelo revuelto en tu chalis

eres la negación del olvido

el testigo mudo

viejo sofá

tú que sabes tanto de chismes

y cosas polvorientas

tú que sabes tanto de reveses de tapicería

tú que sabes tanto de nalgas ¿no era ella toda divina?

¡cuántas veces no se durmieron sus nalgas

en tus mejillas!

eres prueba reina de mi fracaso

¡cómo no construí mi felicidad esas tardes de solaz!

 

¿dónde estabas? ¿qué ha pasado durante tantos años?

tuve mi oportunidad y la perdi

tablas desvencijadas   cojines mullidos

desperdícios de vida   tachuelas

pulgas que saltan para no volver

¡oh! Viejo sofá   cuántga nostalgia

¡cuánta tristeza me traen tus lomos maternales

viejo sofá

deshilachado sofá

¡cómo pesas en mi vida!

no sé cómo tuve el valor

para despedirme del sofá y alejarme

de espalda al mar    frente a mi alma

                            yo   viejo mueble abandonado
 

 

Extraído de Revista de Poesía Prometeo. N. 81-82, año XXVI, 2008

Memorias del XVII FESTIVAL INTERNACIONAL DE POESÍA DE MEDELLÍN

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda 

                A BROCHA DO PINTOR

 

Sou triângulo isósceles e venho pontiagudo

com uma de minhas arestas causei dano a alguém

eu já sei       não repitam  

por isso eu digo em voz alta

sou triângulo isósceles e venho pontiagudo!

venho rompendo gelo

rompo o que tem que cair

queimo o que já vai em cinzas

é melhor acabar com o mal pela raiz

como dizem os pintores de parede

o que deve cair que caia

esta parede está doente

por mais que pinte sobre ela

todas as melhoras vão decair

minha natureza é a do geométrico pintor

sou triângulo isósceles

e tombo

o que tem que cair.

 

 

O SOFÁ

 

Casualmente voltei a ver o sofá

num mercado de pulgas

 mal arrumado e posto à venda

uma deprimente tarde festiva

velho sofá        que impressão              

                      resulta  ver-te!

quantas vezes?       

foram tardes de sofá        

vespertinas de sofá    noites de sofá      

                                      vinho e música

                   em tuas espaldas vi estrelas

 

tu a recordas?    a saia quadriculada?     

(que termina sobre a televisão)

seu cachecol    o cabelo solto em teu chale

és a negação do esquecimento

o mudo testemunho

velho sofá

tu que tanto sabes de boatos

e coisas poeirentas

tu que sabes tanto de revés de tapeçaria

tu que sabes tanto de nádegas    não era ela tão divina?

quantas vezes não dormiram suas nádegas

em tuas faces?

és prova real de meu fracasso

como não construí minha felicidade naquelas tarde de solaz!

 

onde estavas? que aconteceu em todos esses anos?

tive minha chance e a perdi

tábuas desvencilhadas    almofadas moídas

desperdício de vida    arrebites

pulgas que pulam para não voltar

oh, velho sofá   quanta saudade!

quanta tristeza tuas costas maternais

velho sofá

desmanchado sofá

como pesas em minha vida!

 

não sei como tive força

para despedir-me do sofá e afastar-me

de costas para o mar    diante de minha alma

                   eu móvel velho abandonado

 

 

Página publicada em julho de 2008



Voltar para a  página da Colombia Topo da Página Click aqui

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar