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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto e biografia: /es.wikipedia.org

EDUARDO LLANOS MELUSSA

 

Eduardo Llanos Melussa (1956) es un psicólogo, poeta y académico chileno.

Es psicólogo egresado de la Universidad de Chile y doctor en Psicología y Educación por la Universidad de Granada. Actualmente se desempeña como académico de la Facultad de Psicología de la Universidad Diego Portales. Integra el Consejo de Calificación Cinematográfica en representación del Colegio de Psicólogos de Chile.

Ha estudiado a los escritores chilenos Enrique Lihn, Nicanor Parra, Gonzalo Rojas, Jorge Teillier, entre otros.

Poesía: "Contradiccionario" (1983); "Disidencia en la tierra" - Eduardo Llanos Melussa. "Antología presunta" Por Óscar Sarmiento. Modern Languages. SUNY Potsdam. Taller de letras, Revista de la Facultad de Letras, Pontificia Universidad Católica de Chile, Nº 34, 2004, pp. 184-188.
"Algunos poemas".

 

TEXTOS EN ESPAÑOL   -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

POESIA SEMPRE.  Revista da Biblioteca Nacional do RJ.   Ano 1 – Número 2 – Julho 1993.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional / Ministério da Cultura – Departamento Nacional do Livro.   ISSN 0104-0626m   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

ACLARACIÓN PRELIMINAR

Si ser poeta significa poner cara de ensueño, 
perpetrar recitales a vista y paciencia del público indefenso, 
inflingirle 
poemas al crepúsculo y a los ojos de una amiga
de quien deseamos no precisamente sus ojos; 
si ser poeta significa allegarse a mecenas de conducta sexual dudosa, 
tomar té con galletas junto a señoras relativamente deseables todavía
y pontificar ante ellas sobre el amor y la paz
sin sentir ni el amor ni la paz en la caverna del pecho; 
si ser poeta significa arrogarse una misión superior, 
mendigar elogios a críticos que en el fondo se aborrece, 
coludirse con los jurados en cada concurso, 
suplicar la inclusión revistas y antologías del momento, 


 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda

 

ESCLARECIMENTO PRELIMINAR

Se ser poeta significa ostentar cara de sonho,
realizar recitais à vista e paciência do público indefeso,
transgredir poemas ao crepúsculo e aos olhos de uma amiga
de quem desejamos não precisamente de seus olhos;
se ser poeta significa acercar-se a mecenas de conduta sexual
                                                                           duvidosa,
tomar chá com biscoitos com senhoras relativamente ainda
                                                          desejáveis
e doutrinar com elas sobre o amor e a paz
sem sentir nem amor nem paz na caverna do peito;
se ser poeta significa arrogar-se uma missão superior,
mendigar elogios de críticos que no fundo se importunam,
compactuar com os jurados em cada concurso,
suplicar sua inclusão em revistas e antologias do momento,
então, então, não quero ser poeta.

Mas se ser poeta significa suar e defecar como todos os mortais,
contradizer-se e desassossegar-se, debater-se entre o céu e a terra,
escutar nem tanto aos demais como aos transeuntes anônimos,
nem tanto aos linguistas quanto aos analfabetos de valioso coração;
se ser poeta significa inteirar-se de que um João violou sua mãe
                                                                  e ao próprio filho
e depois chorou terrivelmente sobre o Evangelho  de São João,
                                                                  seu remoto xará,
então, ótimo, poderia ser poeta
e agregar algum suspiro a esta neblina.

 

 

MEIA NOITE

Não sei o que amo ao ingressar em ti
mordendo a nudez cega que fazemos a cada noite.
Se acaso existe outro em mim que me oculta
e te busca para prolongar-se
e isto que chamo amor
não seja mais que uma sino oxidado,
ávido de tocar em não importa qual ouvido.

Mas quando te aproximas tão suave e desnuda
e me resgatas desta nuvem mental, destas dúvidas inúteis.
já não me importa ser ou não ser amado,
senão aprender a amar-te.

 

 

Página publicada em novembro de 2017

 

 






 

 

 
 
 
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