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SUSANA BOECHAT

Poeta, contista e ensaísta nascida em Buenos Aires. Professora de Língua espanhola, Latim e  Literatura. Psicóloga social.

“A poesia de Susana Boechat é uma mostra da melhor poesia que se faz dentro da voz feminina, liberta, puro definir-se em gênero sem desprezar a presença do outro que o completa/contempla no tempo”. José Eduardo Degrazia 

De
Susana Boechat
Islas, mujeres y tiempo
Buenos Aires: De los cuatro vientos, 2008.
ISBN 978-987-564-929-3

TEXTOS E ESPAÑOL    -     TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda


ADIÓS A CUBA

Cóncavo adiós,
agridulce espera del vuelo.
En el ballet que miro
en la pantalla,
soy la que danzo,
estela de luz y viento.
Todavía aquí
!E amor en mi!

Tal vez la isla
— cuna de caracolas y nácares —
rescate la sobreviviente
de la tormenta.

ADEUS A CUBA

Adeus côncavo,
agridoce espera do vôo.
No ballet que assisto
na tela,
sou eu que dança,
estela de luz e vento.
Ainda aqui
¡O amor em mim!

Talvez a ilha
— berço de caracol e nácar —
resgate a sobrevivente
da tormenta.


ONÍRICO

Amanecido y repetido rostro
Que llegas y llegas del infierno
Sublimando oníricos paisajes
— volátail gesto —
Amor.
Amor el único y el todo
Desarmando  núpcias
Provocando incestos.
Intacto en el rio
De la vida
Que vienes y te vas
Como en un beso.

ONÍRICO

Desperto e repetido rosto
Que chegas e chegas do inferno
Sublimando oníricas paisagens
— gesto volátil —
Amor.
Amor    o único e o todo
Desarmando núpcias
Provocando incestos.
Intacto no rio
Da vida
Que vens e que vais
Como num beijo.

MUJER

Con la tristeza creciendo
En mis manos
Como una primavera gris y lluviosa
— cristales sucios y opacos —
abejorros que liban
el luto de cálices vacíos,
sin color
y un estruendo pariendo
el estrago de los años
por canaletas oxidadas
sin palomas ni regresos.

 

MULHER

Com a tristeza crescendo
Em minhas mãos
Como a primavera garis e chuvosa
— cristais sujos e opacos —
besouros que sugam
o luto de cálices vazios, 
sem cor
e um estrondo parindo
o estrago dos anos
pelos canos oxidados
sem pombas nem regressos.


Página publicada em janeiro de 2009.

 

 

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