Foto: https://poemas-y-momentos.blogspot.com/
RAMÓN ROJAS MOREL
Poeta, jornalista e radialista argentino, nasceu na cidade de Formosa, capital do mesmo nome, em 21 de março de 1958, mas vive em Corrientes desde os 20 anos de idade. Apresenta o programa radial “Momentos”, pelo qual foi laureado.
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
LETRAS DE BABEL 3. Antología multilíngüe. Montevideo: aBrace editora, 2007. 200 p. ISBN 978-9974-8014-6-2 Ex. bibl. Antonio Miranda
Hoy, a tantos olvidos..
Hoy, a tantos olvidos de distancia,
te recuerdo...
He vuelto a recorrer los caminos
de un tiempo que no debió pasar,
y el poema nace de pronto
como si una llamarada inmensa
de añoranzas quisiera encender
de nuevo la calidez maravillosa del ayer...
El cielo inmenso de ternura
y el sol de tu cuerpo
nuevamente están en mí,
como una necesidad dentro del alma.
Pero, todo es fugaz,
como el vuelo de un pájaro
en el amanecer,
como el suspiro del viento...
Muy pronto se hará la noche
en mi conciencia;
sólo la iluminará la tenue llama
de la vivencia inconmensurable...
Volemos juntos
Justo cuando estoy
por retomar el vuelo
la piedra de tu honda
golpea mis alas, mi cuerpo,
mis sueños y esperanza...
Lo triste es que cada vez
tardan más en curar
mis decepciones...
y los paisajes que
en algún momento
fueron bellos y nuestros
se vuelven agrestes...
Ya no sirve el te amo, aunque te ame, aunque me ames... Ya no compartimos
el vuelo...
Pero creo que mañana
estiraré mis alas,
olvidaré mi cuerpo,
sonreirá mi espíritu
y volaré a buscar
el sol...
Vos y yo
Casi todo, o todo,
lo hacemos de a dos
y somos sólo uno.
Despertamos, soñamos,
gozamos, lloramos
y hasta somos felices.
Es decir, que vivimos
y sentimos; es mucho más
lo que ganamos
que lo que perdimos
y nos queda siempre
mañana para volverlo a intentar,
para seguir creyendo,
para continuar la senda,
para entregarnos con todo
y amarnos hasta hacer nuestro
el mundo entero...
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
Hoje, depois de tanto olvido
Hoje, a tanto olvido de distância,
me lembro de ti...
Voltei a percorrer os caminhos
de um tempo que não devia passar,
e o poema nasce de repente
como se uma labareda imensa
de lembranças quisesse acender
outra vez a calidez maravilhosa de antes...
O céu imenso de ternura
e o sol de teu corpo
novamente estão em mim,
como uma necessidade da alma.
Mas, tudo é fugaz,
como o voo de um pássaro
ao amanhecer,
como o suspiro do vento.
Logo chegará a noite
em minha consciência;
iluminada apenas pela chama tênue
da vivência incomensurável.
Voemos juntos
Então quando estou
para retornar o voo
a pedra de tua funda
golpeia minhas asas, meu corpo,
meus sonhos e esperança...
O triste é que cada vez
tardem mais em curar
minhas decepções...
e as paisagens que
em algum momento
foram belas e nossas
se tornaram agrestes...
Já não serve o te amo,
embora te ame,
embora me ames...
Já não compartilhamos
o voo...
Mas creio que amanhã
estirarei minhas asas,
esquecerei meu corpo,
sorrirá meu espírito
e voltarei a buscar
o sol...
Você e eu
Quase tudo, ou tudo,
fazemos nós dois
e somos um apenas.
Despertamos, sonhamos,
gozamos, choramos
e até somos felizes.
Quer dizer, que vivemos
e sentimos; é muito mais
o que ganhamos
e nos resta sempre
o amanhã para voltar a tentar,
para seguir acreditando,
para continuar o caminho,
para entregar-nos com tudo
e amarmos até tornar nosso
o mundo inteiro....
Página publicada em setembro de 2020
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