3. No dominio— escuro
É o domínio escuro
É o domínio
Aquilo onde posso por um ponto
E respirar segura. No dominio
Não um jardim nem um castelo
É o quarto escuro e fresco
Onde eu vivo
4. Qual é a montanha que uma vez alcançada
Outorga a carta soberana?
Ou são penhascos. Aborrece andar no mesmo
percurso
Nesta terra, terra mínima
cheia de ácaros e amebas
Ficar de pé é um verdadeiro salto evolutivo.
5. Tem o que necessita.
Água. Erva. Letras
Sons.
E o silêncio entre todas essas coisas.
7. E a lagoinha é uma poça azul
E o mar um riacho ressecado
E a rede grande uma cadeira de balanço
mal-assombrada
E os baldes, colheres
E os tronquinhos paus cavadores
E os maiúsculos arpões
8. Não é fácil
Voltar a falar
de pois da infância
9. Traços
Ponto arqueio e forma
Um círculo de pó de carvão
Sobre a parede roxa
10. Me desfaço
Mau cozimento
De argila em forno de barro
Temperatura medíocre
Moderamos assim o espírito.
11. Meia solução
Ponto médio
Reto caminho
Pelo meio
Enredada.
12. Não tenho
Nada que
Dizer
Mas não posso deixar de tentar
13. uma amplidão desértica
Alice Spring
Fragmentos de canção
Lajes. Sol. Austeridade plena
Que fundo se pode chegar no silêncio.
14. Os instantes são casas
Que circulam habitadas
Com voces dos avós
Que acabam de chegar
E os nietos. Os filhos
Tentando conseguir
O necessário para o momento.
15. O tempo pesa
tenho um mutante híbrido
entre os hemisferios
sustentar la criança.
elefante sostentando o mundo (no melhor
dos casos)
ou o mundo pelas lamparinas chinesas
é ter cuidado olho que se rompem
e os do sul caem para flutuar
e não degradar-se nunca jamais nos confins
do universo
16. Necessita como a água
Um leito para drenar, um teclado para produzir
A aspereza do vento revolvendo algas
—é ver. Ver.
17. Saio ao ar
Me encho de ar
Vesícula de ar flotuo em água pesada
Caminho pela rota de ar
Chego ao luar fora de caminho
Llego
Lejos por el aire