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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Fuente: http://ainchilclaudia-poesia.blogspot.com/

CLAUDIA AINCHIL


Poeta y comunicadora, vive em Buenos Aires, Argentina.
Cofundadora de la Sociedad de Escritores Inéditos e Independientes de Argentina (SEI). Seleccionada en 1º Juegos Florales del Siglo XXI (concurso conmemorativo que se llevó a cabo en Montevideo, Uruguay con el tema 1804-2004, los versos de la Patria Grande, convocando a poetas de habla hispana y portuguesa de América, España y Portugal). Libros Publicados: COMIENZO DE COMIENZOS (1985),SON COSAS DE ANGELES (1987), AMORES SIN ZAPATOS (1991), REMOLINOS A BORDO (2003). PUNTO DE ARRANQUE (2008 ) Inédito. 

TEXTOS EM ESPAÑOL   /   TEXTOS EM PORTUGUÊS 

 

Será...

(Libro "Remolinos a bordo"-2003)

 

Será que estoy un poco húmeda

de hueso y carne.

Será que el pasado fue parte de la novela develada

atormentadas noches y secretos de amor

prohibido.

Será que en un tiempo remoto

la soledad oscureció instantes

y nadie salió en defensa.

Será que hay batallas que el destino

nos permite ganar

y otras no

como un sino que está escrito.

Será que uno va cambiando

los arrebatos dejan de ser incendio

y pasan a ser llama

o destellos inhóspitos.

Será que la adultez corrompe

parte del asombro

y la ingenuidad de los primeros días.

O será que como el ave fénix

estoy nuevamente renaciendo

dispuesta a todo

por vivir.

 

 

Sin alcohol

(Libro "Remolinos a bordo"-2003)

 

Ebriedad no imaginada

al unísono brincan voces

odas diciendo buenos días

tardes y noches

agarrados al fulgor precario

del leve pestañear.

Sórdido mensaje aturdiendo.

Son ellos los de siempre

los reales los cuerdos

los que acusan sin causa

los que sonríen ante una hecatombe

se inflaman y dilatan apresuradamente.

Cuando se les da el corazón

dicen adiós,

quizás una lúgubre exquisitez

tiene los hilos del poder

dicen adiós,

quien entiende a los humanos.

 

 

Retrato de un vuelo

(Libro "Remolinos a bordo"-2003)

 

Es tarde? pregunto

el silencio humoso nos mira

queda atrapado en un esbozo

los viajes a anhelos indefinidos

vienen

es temprano? vorazmente

escaleras llevan a algún sitio

a extender piernas caderas pies

a lechos trance de amor sudorosos

y la muchedumbre agolpada queriendo saber

siempre queremos saber cuán oscura

es la profundidad.

Existimos a medida que nuestra condición de pasajeros

no permite detenerse en ningún sitio,

queremos saber si un instante equivale a eternidad

tal vez sólo es instante

entorpecido ademán de un aire alcohólico.

No supiste contestarme

otros tampoco pudieron desenredar la maraña

por eso estoy aquí

por eso estoy aquí? pregunto

resuelve la dimensión de tu vuelo

pero ten cuidado.

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Antonio Miranda

 

Será...

(Livro "Remolinos a bordo"-2003)

 

 

Será que estou um pouco úmida

de osso e carne.

Será que o passado fez parte da novela desvelada

atormentadas noites e segredos de amor

proibido.

Será que em um tempo remoto

a solidão escureceu instantes

e ninguém saiu a defender.

Será que existem batalhas que o destino

nos permite ganhar

e outras não

como uma sina que está escrita.

Será que a gente vai mudando

os arrebatos deixam de ser incêndio

e passam a ser chama

ou centelhas inóspitas.

Será que a maturidade corrompe

parte do assombro

e a ingenuidade dos primeiros dias.

Ou será que a exemplo da ave fênix

estou novamente renascendo

disposta a tudo

por viver.

 

 

 

Sem álcool

(Libro "Remolinos a bordo"-2003)

 

Embriaguez não imaginda

ao uníssono brincam vozes

odes dizendo bom dia

tardes e noites

agarrados aos fulgor precário

do leve pestanejar.

Sórdida mensagem aturdindo.

São eles os de sempre

os reais os sóbrios

os que acusam sem causa

os que sorriem ante uma hecatombe

se inflamam e dilatam apressadamente.

Quando lhes damos o coração

dizem adeus,

talvez uma lúgubre delicadeza

têm os fios do poder

dizem adeus,

quem entende aos humanos.

 

 

Retrato de um vôo

(Libro "Remolinos a bordo"-2003)

 

É tarde? pergunto

o silêncio fumarento nos mira

fica preso num esboço

as viagens a desejos indefinidos

vêem

é cedo? Vorazmente

escadas levam a algum lugar

a estirar pernas cadeiras pés

a leitos transe de amor suorentos

e a multidão golpeada querendo saber

sempre queremos saber quão escura

é a profundeza.

Existimos na medida em que nossa condição de passageiros

nos permite deter-nos em algum lugar,

queremos saber se um instante equivale à eternidade

talvez somente é instante

entorpecido ademanem de um ar alcoólico.

Não soubeste responder-me

outros tampouco puderam desenrolar a maranha

por isso estou aqui

por isso estou aqui? Pergunto

resolve a dimensão de teu vôo

mas tenhas cuidado.

 

 




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